Segundo um novo estudo australiano, os homens estão vivendo em tempo
emprestado. O macho da espécie humana está, literalmente, caminhando para a
extinção.
De acordo com a professora Jenny Graves, da Universidade de Canberra,
as mulheres devem ganhar a batalha dos sexos da forma mais definitiva possível.
O motivo para tal é a fragilidade inerente ao cromossomo sexual
masculino, o cromossomo Y. O cromossomo X contém uma quantia de 1.000 genes ou
mais. As mulheres têm dois deles. Já o cromossomo Y, apesar de ter começado com
tantos genes quanto, se desintegrou ao longo de centenas de milhões de anos,
deixando menos de 100 genes no homem moderno.
Isso inclui o gene SRY, o principal “interruptor masculino”, que
determina se um embrião será masculino ou feminino.
Cromossomo X x cromossomo Y
As mulheres têm dois cromossomos X, e os homens apenas um “fracote” Y.
Isso é péssimo, pois o emparelhamento dos X permite que mulheres façam reparos
cruciais.
Na falta de um companheiro, é mais difícil para o cromossomo Y
consertar erros. “O cromossomo X fica sozinho nos homens, mas nas mulheres tem
um amigo para que possa reparar-se”, diz Graves.
E há mais uma má notícia. Em sua palestra na Academia Australiana de
Ciência, Graves descreveu os genes restantes no cromossomo Y como sendo na sua
maioria “lixo”. “É um acidente evolucionário”, comentou.
Então, é isso? Acabou para os
homens?
No entanto, há algumas boas notícias. Graves estima que levará cinco
milhões de anos para o cromossomo Y, e os homens que o produzem, desaparecerem
de vez.
Outros especialistas também disseram que os homens não precisam entrar
em pânico.
Robin Lovell-Badge, especialista em cromossomo sexual do Instituto
Nacional de Pesquisa Médica em Londres (Inglaterra), disse que os estudos têm
mostrado que a decadência não ocorre ao longo do tempo, mas sim em “rajadas” –
o cromossomo Y não perdeu quaisquer genes por pelo menos 25 milhões de anos.
O professor Chris Mason, da Universidade College Londres (Inglaterra)
afirmou que, mesmo se o cromossomo Y se esfarelar nos próximos milhões de anos,
a medicina vai ter muito tempo para se preparar. “Cinco ou seis milhões de anos
deve ser tempo suficiente para a ciência médica produzir uma correção”, disse.
Graves também tem sua própria solução.
Ela diz que quando o cromossomo Y se extinguir, outro cromossomo
poderia assumir o papel do Y ausente, levando à criação de uma nova espécie
humana.
Isso não é loucura – já existe um precedente na natureza, sob a forma
de um rato espinhoso japonês que sobreviveu a perda do seu cromossomo Y. Na
verdade, Graves suspeita que o processo já pode estar em curso em alguns grupos
isolados de pessoas. É esperar pra ver.
Fonte: Hypescience.
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