Quase todo mundo come mais do que precisa. Aquela sensação
avassaladora de sono depois do almoço deve muito a nossa entrega desmedida à
gula – há quem diga que o certo é ainda estar sentindo um pouquinho de fome
quando você acaba de comer. De qualquer forma, ninguém quer (ou consegue) se
privar dos prazeres do prato. Uma solução bizarra, assustadora, mas ao que tudo
indica eficiente acaba de ser anunciada: é o AspireAssist, uma espécie de
mini-bomba que, sem rodeios, tira da sua barriga o que você acabou de ingerir.
O AspireAssist funciona assim: 20 minutos depois da refeição seu
cérebro já entende que você está satisfeito, mas a comida ainda não foi
totalmente digerida no interior de seu estômago. Através de um pequeno orifício
um pouco acima do umbigo (os inventores não deixaram claro como essa incisão é
feita), um tubo é inserido direto no estômago e drena a comida que está lá
dentro. 30% dela, pra ser mais preciso. É como se depois de toda refeição você
se sentisse 100% satisfeito mas só absorvesse 70% das calorias.
Essa comida não desaparece em um passe de mágica, ainda é preciso um
pouco de estômago pra lidar com a coisa toda: depois da ex-refeição sair pelo
tubo (transparente) você tem de fazer alguma coisa com ela. No vídeo de
demonstração acima a pessoa opta por despejar todo o conteúdo direto na
privada, o que talvez seja mesmo a coisa mais sensata a se fazer.
Apesar de já ser liberado em alguns países da Europa, o produto ainda
busca a liberação da FDA - Food and Drugs Administration (agência que regula a
comercialização de remédios e alimentos nos EUA). A dificuldade em conseguir a
aprovação não é tanto pela falta de eficácia mas pelos riscos envolvidos no
processo. O tubo pode entupir quando confrontado com alimentos como pretzels ou
comida chinesa. Além disso, a drenagem pode causar desidratação, irritação da
parede do estômago e você ainda priva seu organismo de um terço do total de
nutrientes essenciais como sódio, potássio e cálcio que estavam no prato que
você comeu não faz nem meia hora.
Fonte: Galileu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário