Gato-maracajá, furão, macaco-de-noite e mico-leão-preto. Todos estão
ameaçados de extinção. E todos podem estar em breve num zoológico perto de
você, não importa onde você mora. Essa é a ideia da Embrapa, que pretende fazer
com esses animais algo que sempre dá o que falar: clonagem.
O projeto nem saiu do papel e já suscita polêmica. Ambientalistas
garantem que a clonagem não resolve a extinção. “Sou a favor das pesquisas, mas
não em detrimento de outros esforços de conservação”, pondera a bióloga Juliana
Ferreira, da USP e da ONG SOS Fauna. Mas Carlos Martins, um dos cientistas
envolvidos com o projeto, garante que a ideia não é repor a população dizimada
com clones. “O objetivo é o uso exclusivo em zoológicos. Não temos a intenção
de soltá-los na natureza”, diz. A presença desses animais raros serviria
justamente para conscientizar os visitantes sobre a importância de
preservá-los.
O projeto ainda está sob análise do departamento jurídico da Embrapa.
Aprovado, deve começar neste ano, e colocaria o Brasil ao lado de países como
EUA, China e Japão, que já tentam o mesmo com uma variedade de animais em vias
de extinção, como felinos, pandas e baleias, e até com o mamute, extinto há 10
mil anos. Quando chegam a nascer, os animais geralmente morrem logo em seguida
— mas alguns já deram certo.
Para a Embrapa, clonar animais não é novidade. Em 2001, a empresa
“pariu” a bezerra Vitória, primeiro clone bovino da América Latina. Fazer
cópias dos bichos do mato, porém, é um desafio maior. “O procedimento será bem
mais difícil devido à falta de conhecimento de reprodução assistida nesses
animais”, diz Martins. Logo, é impossível dizer quando nasceria o primeiro
clone. Os primeiros candidatos, porém, são estes mostrados abaixo, que já estão
no banco de DNA da empresa.
Fonte: Galileu.
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