Um novo estudo traz uma afirmação não muito surpreendente: denegrir
outras pessoas faz com que você se sinta melhor consigo mesmo. Quando alguém
está se sentindo mal, fazer com que outro se sinta pior melhora a auto-estima.
Uma das razões mais antigas do por que as pessoas têm preconceito e
criam estereótipos é simplesmente que isso faz com que elas se sintam melhor.
Psicólogos têm considerado duas possibilidades para isso: a baixa auto-estima
aumenta as avaliações negativas de outros, ou torna as pessoas menos propensas
a suprimir os preconceitos que já possuem.
Não há acordo sobre uma das hipóteses. Na nova pesquisa, a conclusão
foi de que a auto-estima baixa aumenta a intensidade de preconceitos negativos.
O experimento era feito para deixar os participantes para baixo e, em
seguida, observar sua tendência de mostrar preconceito racial. 57 alunos
fizeram uma prova muito difícil com 12 questões. Ninguém respondeu a mais de 2
itens corretamente.
Cerca de metade dos participantes recebeu seus resultados (ruins),
enquanto os pesquisadores disseram que a pontuação média foi 9 para fazê-los se
sentirem mal consigo mesmos. À outra metade foi dito que seus testes seriam
corrigidos mais tarde.
Então, todos os participantes completaram um teste para medir seu
preconceito racial. Em uma tela, passavam uma série de palavras positivas,
palavras negativas e imagens de rostos negros ou brancos.
Primeiro, os participantes tiveram que pressionar a tecla “E” do
teclado quando viam um rosto negro ou palavras negativas, e a tecla “I” quando
viam rostos brancos ou palavras positivas. Em seguida, os grupos foram
invertidos, e os participantes tinham que pressionar uma tecla para rostos
negros ou palavras positivas, e outra para rostos brancos ou palavras
negativas.
O pensamento era que, se os participantes tivessem sentimentos
negativos em relação ao negro, achariam a segunda tarefa mais difícil, e se
tinham associações negativas com os brancos, achariam o primeiro teste mais
difícil. Isto estaria mais destacado quando as pessoas estivessem se sentindo
mal sobre si mesmas.
Como esperado, aqueles que estavam se sentindo mal com suas
performances no teste mostraram evidências de preconceito implícito.
Os pesquisadores aplicaram os resultados a um modelo de computador que
incluía quatro processos, como o grau em que nossos preconceitos são ativados
no cérebro, e se podemos superar tais preconceitos, para descobrir o motivo por
que as pessoas agiam assim.
Eles descobriram que pessoas que se sentiram mal consigo mesmas eram
mais propensas a mostrar preconceito porque os sentimentos negativos foram
ativados com maior intensidade (e não porque se tornaram menos propensas a
reprimir sentimentos negativos que já tinham).
A diferença é sutil, mas importante. Se o problema era não conseguir
inibir o preconceito, os especialistas poderiam treinar as pessoas para exercer
um melhor controle. Já no caso real, a maneira de contornar isso é tentar
pensar diferente sobre as outras pessoas. Quando você se sentir mal consigo
mesmo, é ideia é que evite fazer com que isso interfira seu julgamento sobre os
outros.
Fonte: LiveScience.
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