domingo, 17 de junho de 2012

Prova chocante do quanto o sol pode envelhecer sua pele

A foto acima mostra um homem de 69 anos. Não é Photoshop: metade do seu rosto parece, realmente, bem mais velha que a outra metade. Como isso aconteceu?
Por conta de seu trabalho como entregador, esse senhor passou 28 anos de sua vida fazendo certas rotas dirigindo um caminhão e expondo mais seu lado esquerdo do rosto ao sol. Os raios ultravioleta do sol refletiam em sua janela e atingiam a sua pele em maior quantidade do lado esquerdo, o que provocou envelhecimento cutâneo, ou fotoenvelhecimento.
Você já deve ter ouvido falar mil vezes da importância de usar protetor solar. Sua mãe já deve ter brigado com você por esse motivo, e você já provavelmente já ficou vermelho como um pimentão por conta do sol, ardendo tanto quanto. Também provavelmente sabe que essa exposição desprotegida ao astro-rei pode causar câncer de pele.
Se nada disso lhe convenceu o suficiente a se cuidar, quem sabe o exemplo desse caminhoneiro seja o empurrãozinho que faltava. Afinal, quando mexe com a aparência ou com dinheiro, as coisas parecem ter mais impacto na sociedade atual.
Esse caso em particular foi estudado pelos dermatologistas Jennifer R.S. Gordon e Joaquin C. Brieva, da Universidade Northwestern (EUA). Segundo eles, o caminhoneiro possui uma condição chamada de fotoenvelhecimento (dermatoheliosis unilateral), resultante da exposição crônica aos raios UVA e UVB do sol.
A radiação ultravioleta faz parte da luz solar que atinge a Terra. Ela tem três tipos, A, B e C, e apenas os dois primeiros atingem nosso planeta. Ao penetrar na nossa pele, esses raios (UVA e UVB) desencadeiam reações imediatas como queimaduras solares, alergias (desencadeadas pela luz solar) e bronzeamento.
A longo prazo, também podem provocar o envelhecimento cutâneo (o fotoenvelhecimento) e alterações celulares que, através de mutações genéticas, podem levar ao câncer da pele.
E, se você acha que está seguro desses raios por enquanto por que estamos no inverno, está muito enganado. A maior parte do espectro ultravioleta, a radiação UVA, possui intensidade constante durante todo o ano, atingindo a pele praticamente da mesma forma durante o inverno e o verão, e sendo a principal responsável pelo fotoenvelhecimento.
Fugir do sol para se bronzear em câmaras artificiais também é uma péssima escolha: o UVA está presente nessas câmaras muitas vezes em doses mais altas do que na radiação proveniente do sol.
O UVB, por outro lado, é mais incidente no verão, especialmente nos horários entre 10 e 16 horas, quando a intensidade dos raios atinge seu máximo. Por isso precisamos ter cuidado especial no verão: os raios UVB, apesar de penetrarem superficialmente, são os principais responsáveis pelas alterações celulares que predispõem ao câncer da pele.
O fotoenvelhecimento
A expressão fotoenvelhecimento é usada hoje em dia para caracterizar alterações causadas pelo sol em nossa pele, como rugas, manchas, asperezas, etc. Foi o que os dermatologistas viram no rosto do caminhoneiro: um engrossamento e enrugamento gradual da pele do lado esquerdo por conta da exposição solar.
Não sei se você sabia disso, mas não é o processo de envelhecer em si que altera nossa pele. O processo que a danifica é o sol! Ele é o responsável por essa aparência “velha” de uma pele, que pode deixar alguém parecendo ter bem mais idade do que realmente tem.
Toda a exposição que temos ao sol no nosso dia-a-dia, andando de carro, caminhando, praticando esportes, etc, é o que altera e envelhece nossa pele. Por exemplo, confira duas simulações, que, com muita dificuldade, mas usando nossas melhores habilidades como usuários do Paint, conseguimos criar para vocês visualizarem a diferença que o sol causa na nossa pele.
A imagem continua sendo do caminhoneiro. A primeira reflete um rosto que não foi exposto sem proteção ao sol, e a segunda, um rosto envelhecido pela exposição solar.

Fonte: Hypescience.

Amor de pai é uma das principais influências na personalidade humana

Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença na nossa vida.
Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.
“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego”.
E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.
O fato dessas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10.000 participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.
A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.
É culpa do pai, ou é culpa da mãe?
Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar.
•Como o amor de mãe muda o cérebro do filho
Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.
Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figura tenha um impacto maior na vida da criança.
Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.
E para as mães, fica outro recado: a próxima vez que vocês forem chamadas à escola por causa de algo que o pimpolho aprontou, tenham uma conversa com o maridão. Tudo indica que a culpa é dele! Brincadeiras à parte, problemas de personalidade, pelo visto, podem resolvidos com amor de pai.
Fonte: Hypescience.

Escolas sul-coreanas removem Teoria da Evolução dos livros

Editoras cederam à pressão de uma organização educacional e vão remover informações sobre a Teoria da Evolução na Coreia do Sul.
A movimentação começou no mês passado, quando uma petição para revisar textos sobre a evolução em apostilas foi aprovada pelo Ministério da Educação do país. Muitas publicações, que mostravam exemplos da teoria sobre ancestrais de cavalos, por exemplo, foram apontadas pela Sociedade de Revisão de Apostilas, que, por sua vez, quer “apagar” esse “erro” dos textos educativos. Quem faz parte dessa sociedade são professores de biologia e de ciências.
Conteúdo sobre a evolução dos humanos também deve ser removido – inclusive aquela famosa figura que mostra um ancestral muito parecido com um macaco se transformando em um homem, de Charles Darwin.
A teoria do criacionismo tem muitos adeptos na Coreia do Sul, onde quase um terço da população não acredita na evolução (de acordo com o documentário The Era of God and Darwin). As raízes dessa crença não são comprovadas, embora se acredite que elas se devam à popularidade do cristianismo no país.
Outro problema, segundo um cientista evolucionista da Universidade de Seul, chamado Dayk Jang, é a falta de professores especializados no assunto. De acordo com ele, no país existem no máximo 10 evolucionistas que dão aulas para o ensino médio ou em cursos de graduação – e a tendência, com a falta de material didático sobre o assunto, é que esse número fique ainda menor.
Fonte: Galileu.

Planejar demais bloqueia ideias criativas


Focar em como atingir um obje­tivo ao invés de realizar tarefas despreocupadamente pode impedir que encontremos soluções alternativas
Programar-se para conseguir cumprir as tarefas diárias ou fazer planos para os próximos meses ou anos pode aju­dar a se organizar melhor ou a atingir algumas me­tas. Entretanto, o “passo a passo” mental que pla­nejamos para concretizar objetivos pode embotar nossa percepção e impe­dir que encontremos so­luções mais fáceis e criati­vas. Essa é a conclusão de um estudo feito por psi­cólogos da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte. Eles orientaram voluntários a executar al­guns exercícios simples no computador e em seguida procurar a data de nasci­mento do ator Bill Murray. No entanto, metade dos voluntários foi induzida a programar suas atividades e a consultar o dado sobre o ator no site sobre cine­ma IMDb.com.
Os pesquisadores ob­servaram que pessoas do grupo que organizou men­talmente a melhor forma de fazer as tarefas se lem­braram com mais frequ­ência de encontrar a data de aniversário de Murray no final. Porém, a maioria delas ignorou um aviso na tela do computador pelo qual era possível acessar diretamente o site Wikipédia e pro­curou pelo IMDb. Já os outros parti­cipantes, que não fizeram nenhum plano específi­co, clicaram no link que condu­zia à Wikipédia quando se lembraram de apurar a data e a encon­traram mais rapidamente. Segundo os autores do es­tudo, publicado no Social Cognition, focar um obje­tivo e pensar nos degraus necessários para atingi-lo pode estreitar a visão do cérebro para soluções al­ternativas e não raro levar ao gasto desnecessário de energia e recursos.
Fonte: Mente, cérebro.

Eu não creio em bruxas, mas...

Apesar de toda a tecnologia que nos cerca, a fé em manifestações sobrenaturais permanece até mesmo entre cientistas.
Vivemos em tempos de busca de comprovações. No entanto, a astrologia, a vidência e a magia não perderam sua atratividade. Pelo contrário: no Brasil não há levantamentos específicos sobre o tema, mas muita gente ainda bate três vezes na madeira para espantar o azar e certamente vai repetir a roupa que acredita lhe trazer sorte, principalmente em dia de jogo decisivo da Seleção Brasileira. Nem mesmo cientistas, preocupados com comprovações, estão livres de superstições: em 2008, Richard Coll e seus colegas da Universidade de Waikato, em Hamilton, Nova Zelândia, entrevistaram 40 representantes de diversas disciplinas – entre eles, físicos, químicos e biólogos – sobre sua opinião a respeito de fenômenos sobrenaturais. Anonimamente, vários reconheceram a crença no efeito curativo de pedras preciosas, na existência de espíritos e extraterrestres, quase sempre com base em experiências pessoais ou em relatos convincentes. Alguns afirmaram que amigos e parentes haviam sido curados de graves doenças após o apelo a um poder maior. Os céticos, por sua vez, justificavam a descrença recorrendo a considerações teóricas.
Observando esses dados podemos pensar que, apesar de toda a tecnologia que nos cerca, a fé em manifestações sobrenaturais permanece e muita gente continua imaginando que eventos concomitantes têm relação causal entre si mesmo que, na verdade, sejam independentes. Quem foi bem-sucedido em diferentes situações e por fim percebe que esteve sempre usando a mesma jaqueta nesses momentos provavelmente logo vai considerá-la o seu talismã pessoal – sem procurar as causas reais do sucesso.
Em 1987, o pesquisador Koichi Ono, da Universidade Komazawa, em Tóquio, espalhou sobre uma mesa três caixas, cada uma com uma alavanca na parte superior. Um contador em uma lateral móvel saltava em intervalos aleatórios para o próximo número mais alto e o movimento era acompanhado de um zumbido e uma luz vermelha que acendia. Além disso, três lâmpadas sempre voltavam a piscar ao acaso. Os 20 voluntários que participaram do estudo deviam obter o valor mais alto possível no contador por meio de qualquer comportamento, de preferência criativo. Dois participantes desenvolveram, no decorrer do experimento, algo semelhante a um comportamento supersticioso, um deles especialmente marcante: certa vez, o contador se moveu justamente quando a mulher estava pulando da mesa – em seguida, ela passou a saltitar incansavelmente para elevar de novo o resultado. Quando tocou o teto com o sapato na mão, a lâmpada também se acendeu, o zumbido soou e um ponto adicional surgiu no contador. Então a voluntária passou a se esticar, apontando o sapato para o teto ao pular até desistir antes do término do experimento – provavelmente por exaustão, como escreveu o coordenador do estudo.
Koichi Ono concluiu que um ritual pode reforçar o próprio comportamento, principalmente se a pessoa o repete seguidamente, pois nesses casos a probabilidade é maior de que a situação esperada ocorra, por pura coincidência. O homem tem uma ideia bastante clara de como o mundo funciona, de forma que algumas associações lhe parecem plausíveis; outras, por sua vez, absurdas. Ainda assim, muita gente prefere não brincar com a sorte, pois como diz o ditado espanhol, yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay (eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem).
Fonte: Mente, cérebro.

Fofocar faz bem?

A maledicência ajuda a manter o equilíbrio social e garante o bem-estar dos mexeriqueiros – pelo menos num primeiro momento.
O hábito de falar mal da vida alheia é antigo: já na pré-história nossos ancestrais descobriram que era importante conhecer e repercutir os pontos fracos dos adversários – e eventualmente até de companheiros – para que se sentissem fortes e valorizados. Afinal, já naquela época informação era artigo valioso. Mas só nos últimos anos essa prática, tão típica do ser humano, passou a ser estudada cientificamente, e agora pesquisadores da Sociedade Britânica de Psicologia chegaram a uma descoberta que pode aplacar a culpa daqueles que se comprazem em disparar veneno contra alguém pelas costas: estudos sugerem que, pelo menos num primeiro momento, a fofoca pode trazer alguns benefícios para quem a faz.
“Essa prática eleva os níveis dos chamados hormônios fundamentais para deflagrar a sensação de bem-estar, como a serotonina, o que ajuda a diminuir o estresse e a ansiedade”, pelo menos imediatamente, diz o psicólogo Colin Gill, um dos coordenadores do estudo. No entanto, se a culpa ou outros eventuais desdobramentos desagradáveis associados ao comentário maldoso desencadeiam mal-estar, ainda não foi pesquisado. O mais curioso talvez seja que o fato de falar de alguém com malícia tem função social: ajuda a criar vínculos entre os fofoqueiros. “Quando criticamos comportamentos e características de alguém que não está presente depositamos grande interesse no que o interlocutor tem a dizer e vice-versa. Assim, criamos laços que, consequentemente, nos fazem sentir felizes e provoca a liberação desses hormônios”, observa Gill.
Um aspecto mais problemático da fofoca é que, em sua forma mais crua, é uma estratégia para promoção de interesses egoístas e da própria reputação à custa do desconforto alheio. Muitos, aliás, recorrem descaradamente aos boatos para se favorecer. Esse lado cruel da fofoca geralmente ofusca os modos mais benignos pelos quais ela funciona na sociedade. Afinal, passar informações a alguém é sinal de profunda confiança, uma vez que está implícita a ideia de que essa pessoa não usará esses dados de maneira que tragam consequências negativas ao seu informante, ou seja, segredos compartilhados constituem uma maneira eficiente de criar vínculos. Um indivíduo que não esteja incluído na rede de fofocas do escritório é obviamente um forasteiro em quem os colegas não confiam ou que não é aceito.
Não se pode deixar de lado o fato de que a fofoca ajuda os grupos a funcionar. Talvez possa ser produtivo pensar nela como uma aptidão social. Fofocar “bem” tem a ver com ser um bom membro de equipe, compartilhar algumas informações importantes com outros, de preferência não em proveito próprio, e, claro, saber quando manter a boca fechada. Afinal, revelar indiscriminadamente tudo que ouvimos a qualquer um disposto a nos escutar mais cedo ou mais tarde atrairá a inevitável reputação de indigno de confiança.
Fonte: Mente, cérebro.

O brasileiro é o povo mais feliz que existe?

Relatório apresentado em conferência da ONU destrói o mito e diz que, apesar de sermos a sexta maior economia do planeta, há 24 países em que a população é mais feliz.
Sempre com um sorriso no rosto, independentemente das adversidades. Dono de um bom humor sem fim e de uma capacidade ilimitada de receber bem o próximo, mesmo quando ele vem de outro país e não fala a nossa língua. O brasileiro tem a fama de ser o povo mais feliz do mundo e o principal motivo seria a bênção de nascer em um país ensolarado, com paisagens belíssimas, poupado de cataclismos, de ataques terroristas e conceitos religiosos ou étnicos. Mas seria isso suficiente para alcançar o topo do ranking mundial da felicidade? A resposta é não, de acordo com o relatório divulgado na 1ª Conferência das Nações Unidas sobre a Felicidade e o Bem-Estar, realizada em Nova York, em um momento em que a ONU defende um novo parâmetro para medir o desenvolvimento dos países, o Índice de Felicidade Bruta (FIB), criado no Butão.
O Brasil aparece em 25º lugar no ranking da pesquisa, que leva em consideração fatores como a distribuição da riqueza, a oferta de emprego, o acesso aos serviços básicos, como saúde e educação, a ausência de corrupção e o respeito ao meio ambiente.O Relatório Mundial da Felicidade foi elaborado pelo Instituto Earth, da Universidade de Columbia, que analisou dados recolhidos entre 2005 e 2011 em 156 países. No topo, aparecem os povos dos países nórdicos, que não são necessariamente os mais ricos, mas têm acesso a ótimos serviços básicos.  Dinamarca, Noruega, Finlândia e Holanda lideram o mundo no que se refere à felicidade bruta, contrastando com países como o Togo, Benim, República Centro-Africana ou Serra Leoa, no extremo oposto. Os Estados Unidos ficaram em 11º lugar, Israel em 14º e o Reino Unido em 18º.
Indicador brasileiro
O Brasil é hoje o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo e está em 84º lugar em termos de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Podemos dizer então que o brasileiro é feliz? “Para mim, não”, avalia o professor Fábio Gallo, que coordena o recém-criado Núcleo de Estudos sobre a Felicidade e o Comportamento Financeiro, da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), junto com o colega Wesley Mendes.
O núcleo, que está antenado com a economia comportamental, escola em voga no exterior há pelo menos uma década, desde que os americanos Michael Spence e Joseph Stiglitz ganharam o prêmio Nobel, prepara-se para medir a felicidade do brasileiro. Todavia, não vai seguir obrigatoriamente os parâmetros da ONU em relação ao tema.“Nós não queremos reproduzir a Felicidade Interna Bruta (FIB) como está montada para o Butão.
Queremos criar um indicador que permita observar os padrões de bem-estar próprios para o brasileiro. O FIB é um indicador com 73 variáveis, nove indicadores macros, mas para um povo que vive uma cultura muito própria, é um reinado, tem população pequena. Não tem como dizer que aquele indicador seja adequado para o Brasil”, explica o professor Gallo.“Hoje, as principais políticas públicas de bem-estar nascem da esfera federal e não costumam refletir as necessidades dos municípios, por exemplo. Por isso, não queremos ter só um número, queremos ferramentas para os governantes e empresários se orientarem sobre as necessidades de cada população”, acrescenta. A proposta da FGV é criar uma metodologia que permita medir padrões de bem-estar, com pesos diferenciados para os mesmos fatores, de acordo com a região, o gênero e a faixa etária.“Wesley fez no ano passado uma pesquisa sobre comportamento financeiro e no final se perguntava sobre a felicidade.
Este estudo já mostrou que há diferentes padrões de bem-estar, de acordo com o lugar em que se vive”, diz o professor Gallo.“A principal preocupação dos paulistanos era com a segurança pessoal, enquanto a principal satisfação era fruto das perspectivas de crescimento acadêmico. Entre os gaúchos, a preocupação surgia da expectativa de conseguir um bom trabalho. A satisfação vinha de uma boa vida social”, exemplifica.Para montar o novo índice, a FGV-SP está fechando parcerias para coletas de dados. Um dos possíveis parceiros para a pesquisa é o movimento não governamental Mais Feliz, que reivindicou, com sucesso, a inclusão da felicidade como tema na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
Na opinião do ativista e publicitário que lidera o movimento, Mauro Motoryn, a inovação tecnológica deve levar as pessoas a participarem da administração pública em tempo real e online, via celular ou computador. “Teremos no futuro uma sociedade mais viva e participativa. Isso é bom para os administradores competentes, porém, cruel para os desavisados”, alerta Motoryn, que acaba de lançar uma plataforma para celular, tablet e via facebook que avalia o nível de satisfação da população em tempo real, disponível no site www.myfuncity.org.
O Myfuncity permite medir a felicidade e saber quais são as reivindicações do cidadão em qualquer lugar do Brasil. O aplicativo possibilita gestão pública por meio da tecnologia digital das redes sociais, permitindo que os cidadãos avaliem a qualidade das cidades a partir de 12 indicadores relacionados ao trânsito, segurança, meio ambiente, bem-estar, saúde e educação, com notas em uma escala de zero a dez.“O aplicativo MyFunCity permite que cada usuário avalie exaustivamente sua rua, seu bairro e sua comunidade, em categorias como saúde, educação, transporte, poluição (sonora e visual). É possível interagir com os demais cidadãos e analisar cada região em detalhes”, explica.
Para Motoryn, a 25ª posição do Brasil no ranking da felicidade mundial remete as falhas gritantes do país em relação a questões sociais.“A gente não pode confundir um país alegre com um país feliz do ponto de vista daquilo que recebe do Estado. Ou seja, nós temos deficiências graves na área da saúde, por exemplo, e isso inclui decisivamente na colocação no ranking”, diz. “Mas acho o brasileiro um povo extremamente feliz. Diante das adversidades, ele continua e acredita que o amanhã será melhor”, acrescenta.Ao que tudo indica, os governantes brasileiros sabem que os parâmetros estão mudando e se mostram preocupados com esta felicidade a medir. A proposta de transformar o tema em política pública já está tramitando no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 19/2010, cujo relator é o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Fonte: Conhecer.

Os peixes morrem quando raios atingem o oceano?

Os relâmpagos se formam quando uma nuvem carregada de eletricidade cria um canal de ar ionizado abaixo dela, chamado líder escalonado. Cada líder cresce em direção à Terra ao mesmo tempo que um outro líder cresce a partir da superfície. Quando as duas forças se encontram, uma corrente poderosa (tipicamente, de 30 mil amperes) emana dessa canal ionizado. A água do mar, assim como o ar, é um bom condutor, já que contém sal. Em vez de criar um caminho irregular para a carga ionizada, a carga do relâmpago se espalha na superfície do oceano, em forma de meia-lua. Qualquer peixe que esteja a dezenas de metros do ponto atingido pelo raio provavelmente será morto. Mas, um pouco além disso, os peixes apenas sentirão um leve choque.
Fonte: Conhecer

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Seu cachorro sabe quando você está triste?


Quem aqui tem um cachorro de estimação provavelmente sabe que o animal é mais inteligente e emocional do que a maior parte das pessoas pensa. Isso porque sempre dizemos que o cachorro nos “entende”, sabendo quando estamos tristes, felizes ou passando por outros estados emocionais. E agora um estudo afirma que, realmente, os cachorros têm uma reação quando estamos chorando. A questão ainda a ser respondida é se isso é por empatia.
O espectro do estudo foi pequeno, incluindo 18 cães. A pessoa passava pelo animal em duas situações, chorando ou cantarolando. No fim, a maioria – 15 cachorros – se dirigiu até a pessoa quando essa estava mal, e apenas seis deles quando ela parecia bem.
“O fato dos cachorros diferenciarem entre o choro e o canto indica que a reposta dada ao choro não foi movida puramente pela curiosidade. Mas sim que isso gerou um apelo emocional maior nos cachorros e provocou uma reposta diferente do canto ou da conversa”, afirma a pesquisadora e psicóloga, Deborah Custance.
Além dos cachorros irem ao encontro da pessoa que chorava, treze dos quinze se aproximaram de maneira submissa, abaixando o rabo e a cabeça. Não é possível comprovar que isso seja uma atitude empática, mas parece que os animais sabem mesmo quando o dono não está bem.
Outro estudo recente comprovou que, no que toca ao entendimento canino e humano, os cachorros são melhores até do que os chimpanzés, que são nossos parentes mais próximos. A ideia da pesquisa era uma pessoa apontar um objeto para o animal, tanto para o cachorro quanto para o macaco, e aguardar que ele o trouxesse. O teste foi feito com gatos também, e apesar de alguns deles se mostrarem “melhores amigos do homem”, os cachorros ainda mantém sua posição de liderança.
E os resultados dependeram da raça do cão, em ambos os estudos. No caso do primeiro, foram usados labradores, retrievers e outras raças comuns. No segundo, foram usados tipos diferentes de cachorros, entre caçadores e domésticos. As raças domesticadas acabaram sendo melhores. Isso prova é que importante saber a genética do cachorro que se está lidando.

Fonte: Hypescience.

Será que a estranha física quântica governa a vida?


A física quântica estuda as coisas pequenas, muito pequenas – sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, ou seja, moléculas, átomos, elétrons, prótons e outras partículas subatômicas.
A mecânica quântica, então, representa um conjunto de regras que governa o comportamento de partículas subatômicas. Essas partículas, como já falamos, são minúsculas, e podem viajar através das paredes, podem se comportar como ondas e podem permanecer conectadas através de grandes distâncias.
Apesar da quântica ser um ramo da física que lida com tais coisas microscópicas, muitos cientistas acreditam que ela também pode descrever fenômenos macroscópicos. É o que foi discutido no Festival Mundial de Ciência, em Nova York (EUA), dia 1 de junho.
Segundo os cientistas, um crescente conjunto de provas mostra que a mecânica quântica está envolvida em processos biológicos como a fotossíntese, a migração das aves, o sentido do olfato e possivelmente até mesmo a origem da vida. E, se toda a vida é feito de átomos e outras partículas pequenas, nada mais justo, não?

Quântica grande

Os pesquisadores achavam que as peculiaridades da física quântica não afetavam objetos macroscópicos, porque esses são muito quentes e úmidos para suportar delicados estados quânticos.
Mas fomos surpreendidos novamente: a natureza sempre dá um jeito de aproveitar as leis do universo a seu favor. “A vida é feita de átomos e os átomos se comportam de forma quântica”, disse o cosmólogo Paul Davies, da Universidade Estadual do Arizona, EUA. E não é que é verdade? Sendo assim, a biologia pode usar um pouco de quântica.
O caso dos pássaros migratórios e o caso do olfato
Se você mora em uma aérea cheia de aves migratórias, pode ver, todo ano, as exatas mesmas aves. Isso porque esses animais têm um excelente senso de navegação e direção. Não importa o quão longe eles viajem, eles podem voltar não somente para a mesma região, mas para o exato mesmo lugar onde estavam inicialmente.
E como eles conseguem tal façanha? Os cientistas apostavam que os pássaros se localizavam com base no campo magnético da Terra. Mas como eles fazem isso? Eles têm um “órgão magnético” que sente esse campo?
Não. Os pássaros tem uma carta em sua manga: o entrelaçamento quântico, ou emaranhamento. O entrelaçamento é a forma como dois objetos ficam conectados mesmo que estejam a grandes distâncias. A ação de um afeta o outro.
Claro que isso é normalmente visto em partículas subatômicas – elas compartilham características mesmo que separadas. E como os pássaros podem se aproveitar esse processo?
Segundo cientistas, isso é possível nas aves graças a uma proteína dentro de suas células, chamada criptocromo.
Nós também temos essas proteínas, mas em uma forma diferente. Nas aves e em insetos como a mosca da fruta, a criptocromo-1 regula a orientação. Nos humanos, a criptocromo-2 tem ligação, por exemplo, com nosso “relógio biológico”.
Agora, uma nova teoria diz que essa proteína dá um impulso de energia em um dos elétrons de um par emaranhado nos pássaros, separando-o de seu parceiro. Em sua nova localização, o elétron experimenta uma magnitude ligeiramente diferente do campo magnético da Terra, o que altera o spin (giro) do elétron.
Com essas informações, os pássaros constroem uma espécie de “mapa interno” do campo magnético da Terra, e podem definir sua posição e direção. A teoria ganhou apoio de uma recente experiência com moscas da fruta, que, quando ficaram sem criptocromo, perderam a sua sensibilidade magnética. Louco, mas plausível.
Outro mistério que recorre à física quântica para explicação é o sentido do olfato. Antes, cientistas pensavam que nós reconhecíamos os odores porque cada molécula aromática tem uma forma, que, quando entra no nosso nariz, se liga a receptores que as reconhecem.
Só que alguns cheiros têm moléculas de formas idênticas, mas odores completamente diferentes por causa de uma pequena alteração química (por exemplo, um único átomo de hidrogênio na molécula é substituído por uma versão mais pesada conhecida como deutério).
Apesar de afetar o peso da molécula, isso não altera a sua forma, mas muda seu odor. Como sabemos a diferença? A teoria reside na capacidade de partículas quânticas de agirem como ondas. “A teoria é que mesmo que a forma da molécula seja a mesma, como sua química mudou ligeiramente, vibra de uma forma diferente. E este tipo de natureza ondulatória, que é um tipo puramente quântico de efeito, faz com que o receptor no nariz seja capaz de perceber a diferença”, diz Seth Lloyd, engenheiro mecânico do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA).
Sendo assim, alguns pesquisadores estão apostando todas as suas fichas na física quântica para explicar todo tipo de mistério que cerca a biologia, inclusive o início do início da vida. Como surgiu a vida da “não vida”, do nada?
A vida é um estado distinto da matéria, portanto, há cientistas que creem que essa distinção seja quântica. Por outro lado, há os que pedem cuidado: nem tudo que é envolto em dúvida e mistério é sinônimo de física quântica. O que você acha?

Fonte: LiveScience.

Nova descoberta promete vacina contra HIV

Você se lembra do “paciente de Berlim”? Em 2007, um americano chamado Timothy Brown, que estava morando na Alemanha, recebeu um transplante de medula óssea como tratamento para leucemia mieloide aguda (um tipo de câncer de sangue) e acabou sendo curado do vírus HIV, da Aids.
Em 2010, ainda sem nenhum sintoma da doença grave que afeta cerca de 34 milhões de pessoas no mundo todo, Timothy foi confirmado como a primeira pessoa no globo a ser curada da Aids.
O que aconteceu foi que a medula óssea que ele recebeu veio de um doador com resistência natural à infecção por HIV.
Pouquíssimas pessoas no mundo todo são resistentes à Aids, ou seja, não podem pegar a doença sexualmente transmissível. A mutação, chamada de delta 32, aparece em apenas cerca de 1% das pessoas descendentes de europeus do norte – o percentual é ainda muito menor em pessoas de outras “raças” -, sendo que os suecos são os candidatos mais prováveis.
Pessoas com mutação de delta 32 não tem o coreceptor CCR5. A variedade mais comum da Aids usa o CCR5 como “entrada” no corpo, para que o vírus comece a infectar as células do paciente. Sendo assim, as pessoas que não tem o CCR5 são quase completamente protegidas contra o HIV.
Então, temos a cura da Aids?
A cirurgia foi um sucesso para Timothy, mas os médicos não podiam bradar em todos os cantos que tinham descoberto a cura da Aids. Isso porque o procedimento que curou o paciente de Berlim não pode ser usado em larga escala para curar todos os doentes do mundo. Para encontrar um compatível para ele, por exemplo, os médicos testaram 70 doadores de medula óssea.
Se já é difícil encontrar um doador de medula óssea compatível com o paciente que a vai receber, imagine então encontrar um que também seja resistente à Aids (o que, já vimos, são poucas pessoas).
Mas existem algumas esperanças. Por exemplo, o Dr. Lawrence Petz diz que essa “compatibilidade” entre doador e receptor em transplantes de cordão umbilical não precisa ser tão próxima.
O transplante de Brown foi mais complicado porque as células estaminais do sangue vieram de um doador adulto. “Quando você faz transplantes de células-tronco, você tem que ter uma compatibilidade muito estreita entre doador e receptor. Com o sangue do cordão umbilical, não precisamos de uma compatibilidade tão grande. É muito mais fácil encontrar doadores”, explica Petz.
Mesmo assim, não jorram doadores. De 17.000 amostras de sangue de cordão umbilical, Petz e seus colegas encontraram somente 102 com a mutação genética resistente à Aids. Um banco de dados está sendo formado, mas isso vai demorar um tempo.
Petz acredita no transplante de sangue de cordão umbilical, e já realizou um em um paciente aidético na Holanda, há algumas semanas. Outro transplante deve ser feito em um paciente na Espanha no final deste mês. Esses pacientes também tinham alguma condição subjacente que requer o transplante.
Apenas daqui alguns meses a equipe vai saber se o transplante funcionou, ou seja, se fez alguma diferença no HIV dos pacientes, mas Petz está esperançoso.
A vacina contra a Aids
 Ainda assim, muitos pesquisadores acreditam que o melhor jeito de combater a doença seria estudar as pessoas resistentes ao vírus para desenvolver uma vacina que pudesse tratar a Aids de forma geral.
E tal vacina parece estar mais perto de se tornar real. Cientistas dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Alemanha descobriram uma cepa de linfócitos T citotóxicos (CTLs) – células capazes de combater o vírus da Aids – que tem moléculas chamadas receptores, que podem identificar células sanguíneas infectadas pelo HIV e atacá-las.
As pessoas resistentes à Aids (uma em cada 300, mais ou menos) conseguem combater o vírus usando essas células. E, ao analisar a forma como elas funcionam, os pesquisadores acreditam que podem desenvolver uma vacina para tratar a doença.
Os cientistas explicaram que as vacinas produzidas até agora não estavam funcionando porque não continham o tipo certo de células “assassinas” do vírus. Eles sabiam que as pessoas com Aids possuíam CTLs, o problema era porque elas não estavam ajudando a combater a doença; agora, eles descobriram que é porque elas precisam ser de um tipo em especial, que é melhor em matar o HIV.
Então, essa é a boa notícia. A ruim é que, apesar dos cientistas terem encontrado e identificado as células assassinas “boas”, eles ainda não sabem como gerá-las, que é o próximo passo da pesquisa.

Fonte: Hypescience.

Beleza: você sabe quando a vê, mas por quê?

Os cientistas ainda estão tentando descobrir o que torna as coisas e pessoas belas. O que, aliás, é muito subjetivo pelo que sabemos – afinal, nem todo mundo acha a mesma coisa bonita (ainda bem, ou todas as mulheres iriam querer um único homem e vice-versa).
Em outras palavras, é como perguntar se a sua visão do “vermelho” é a mesma que outra pessoa – não há nenhuma maneira de saber com certeza.
O filósofo Edmund Burke escreveu: “Devemos concluir que a beleza é, para a maior parte, alguma qualidade nos corpos, agindo mecanicamente sobre a mente humana pela intervenção dos sentidos”.
Burke escreveu isso em 1756, e ainda é citado hoje. Ainda assim, há muito para explorar em neurociência e psicologia quando se trata do que as pessoas acham bonito, até que ponto as pessoas veem a beleza em si, e que papel a beleza desempenha na sociedade.
Beleza e cérebro
 Independentemente da cultura, parece haver certos padrões de atividade cerebral associados à visão de algo que você acha bonito.
Semir Zeki, professor de neuroestética da Universidade College London, estuda a base neural para a apreciação da arte. Ele descobriu que o único fator comum a todas as coisas que as pessoas acham bonitas na arte e na música é a atividade no córtex frontal órbito-medial, que cuida da sensação de recompensa e do centro de prazer do cérebro.
Há tendências culturais na arte e na música que as pessoas acham bonitas – por exemplo, há uma preferência japonesa para a assimetria, comparado a um ideal ocidental de simetria. Isto não se aplica aos rostos, no entanto, já que parece que as pessoas universalmente preferem rostos simétricos.
Também não é bem entendido por que as pessoas se adaptam a determinados objetos de beleza depois de muitas exposições, mas outros não. Por exemplo, você pode enjoar de uma canção pop depois de escutar muito, mas ouvir uma ópera dezenas de vezes durante anos, e ainda sentir emoção. Ou talvez haja uma pintura que você sempre admirou, e outra que perdeu seu esplendor.
Muitas pessoas consideram bonito algo o qual não chegaram perto o suficiente para examinar todas as pequenas falhas. A percepção da beleza pode enfraquecer quando começamos a reconhecer esses defeitos.
Beleza no rosto
 Imagens do cérebro já examinaram a beleza facial, também. Um estudo recente descobriu que a autoavaliação de sua própria atratividade facial pode estar relacionada à autoestima, com base em padrões comuns de atividade cerebral.
Quando se trata de atratividade facial, há razões para acreditar que as características específicas e os fatores de base biológica guiam nossa avaliação de beleza.
Faces que são mais simétricas e de aparência mediana tendem a ser classificadas como mais atraentes em estudos científicos. Simetria, em particular, tem sido estudada extensivamente, por todo o mundo.
Na verdade, até mesmo os bebês respondem mais positivamente a rostos simétricos. Mas os bebês parecem responder mais a faces consideradas atraentes do que puramente simétricas, sugerindo que há algo mais nesse padrão.
Existem teorias que proporções específicas são as mais naturalmente bonitas, com proporções de comprimento e largura sendo importantes.
E com a ajuda de computadores, tornou-se aparente que juntar uma grande quantidade de faces produz tipicamente um produto final que é altamente atraente. O raciocínio é que essa mistura se aproxima do rosto “protótipo” que pode sublinhar atração.
Assim, pode ser que os bebês são atraídos para faces que são mais parecidas com o conceito mais básico de uma face – isto é, a média.
Juntando tudo, um estudo de 2007 sugere que a simetria aumenta a atratividade de rostos “médios”.
Por que isso importa? A teoria é de que as características simétricas podem ser marcadores de qualidade genética.
 Ancestrais humanos evoluíram para encontrar companheiros que passam bons genes para a prole, então eles naturalmente repelem traços que seriam prejudiciais para a sobrevivência ou indicadores de má saúde.
De fato, um estudo de 2011 descobriu que pessoas com rostos assimétricos tendem a vir de uma infância mais difícil. Parece que a adversidade na infância está associada a características faciais que não estão perfeitamente alinhadas, embora não haja nenhuma prova disso.
Como as relações sexuais são mais “caras” para os primatas do sexo feminino – elas carregam as crianças – as mulheres são as exigentes.
E o tipo de homem que as mulheres são atraídas pode variar de acordo com as fases do ciclo de ovulação. Estudos mostraram que durante os períodos de alta fertilidade, as mulheres são mais atraídas a homens de aparência mais dominante.
 Inconscientemente, elas podem perceber a beleza de acordo com as forças evolutivas, uma vez que a dominância pode indicar aptidão genética. Aliás, as mulheres também compram roupa mais sexy quando estão mais férteis.



Um estudo recente revelou que as mulheres são mais atraídas por homens com sistemas imunológicos mais fortes, associados a níveis mais elevados de testosterona. Mas isso é mais complicado em homens com níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse, sugerindo que as mulheres podem achar os estressados menos atraentes.
Beleza também desempenha um papel importante na amizade. A pesquisa mostrou que as mulheres tendem a ter amigos de atratividade similar. Tanto em termos de nossas próprias percepções de beleza e de juízes independentes, a atratividade de uma mulher se correlaciona bem com a capacidade de atração dos seus amigos. E, se você é uma mulher que é a menos atraente de um grupo, você é também mais propensa a ver sua amiga mais atraente como uma rival de acasalamento.
No entanto, universalmente, as pessoas tendem a ter amigos que partilham ligações genéticas.
Beleza em si mesmo
 Às vezes as pessoas ligam a sua autoestima a sua aparência, amarrando a beleza a sua percepção de si mesma. Essa comparação pode ter consequências positivas ou negativas, tanto emocionais quanto psicológicas.
Não há evidência científica para sugerir que as ideias sobre a importância de sua própria beleza se formulam na infância.
 Os pais dão um certo nível de louvor a aparência de seus filhos, versus a quantidade de esforço que eles colocam em tarefas e as atividades em que são bons. As meninas em concursos de beleza infantil, por exemplo, recebem feedback que sua aparência é muito valorizada.
E quando se trata de avaliar a beleza, muitas pessoas são seus próprios piores críticos. Às vezes, há uma parte específica do corpo que se torna um foco de autoaversão. Por isso, pode ser socialmente inaceitável dizer coisas para os outros que diríamos a nós mesmos.
A percepção de si mesmo pode levar a distúrbios, como odiar seu corpo e fazer muitas cirurgias, ou amar seu corpo e se tornar muito narcisista, etc.
Beleza como o poder
Estudos têm mostrado que pessoas mais atraentes também parecem mais competentes e bem sucedidas. Há provavelmente uma forte dimensão cultural nisso. Outra pesquisa também mostrou que a atratividade física pode influenciar salário.
O sistema legal também pode levar em conta beleza – uma variedade de estudos encontraram efeitos que sugerem que a atratividade ajuda quando se trata de veredictos e sentenças. Pessoas atraentes parecem menos “propensas” a cometer crimes graves.
A psicóloga Vivian Diller divide a percepção da beleza em três coisas: fatores contribuintes da genética, higiene e como as pessoas reagiram a sua aparência no início da vida.
 As primeiras experiências de ser a menina dos olhos de sua mãe ou pai refletem no futuro. Mas se seus pais eram mais críticos, você pode sentir-se menos atraente.
Para os modelos, existem expectativas irreais de sua beleza – não apenas em revistas e televisão. Os que fazem bem são aqueles que não assumem que tem que ser perfeitos para serem bonitos

Fonte: Hypscience.

A Cura da alergia a gatos

Se o seu sonho sempre foi ter um gatinho, mas a bendita alergia não deixava, não se preocupe: uma nova vacina pode curar a alergia a gatos acabando com os espirros e o problema da coriza.
O tratamento ainda não está disponível, mas os pesquisadores responsáveis disseram que os estudos mostram que a vacina é segura e eficiente em diminuir reações alérgicas.
Hoje em dia, a única saída para os alérgicos é ficar longe de gatos ou tomar várias injeções com alérgenos para o corpo desenvolver alguma tolerância. Mas o processo pode levar anos, segundo o alergista Mark Larche, da McMaster University (Canadá), que participou da pesquisa. Ele e seus colegas desenvolveram a vacina isolando a proteína desprendida pelos gatos que causa a reação. Em seguida, eles usaram amostras de sangue de pessoas com alergia a gato para determinar qual segmento da proteína se liga e ativa as células de imunização.
Os pesquisadores, então, criaram versões sintéticas destes segmentos, chamados peptídeos. A vacina é feita de uma mistura de sete destes peptídeos. A ideia é que o sistema imunológico irá encontrar este filamento de peptídeos, que encaixaria nas células dele e este o reconheceria como inofensivo.
Um teste preliminar realizado com 88 pacientes não teve efeitos colaterais sérios, segundo os cientistas. Uma única injeção reduziu reações inflamatórias na pele em 40%. A vacina está sendo desenvolvida pela Adiga Life Sciences, uma empresa da McMaster University, em parceria com uma empresa particular de biotecnologia, Circassia. As duas vão continuar os testes com um grupo maior para determinar qual a dose ideal.

Fonte: LiveScience

Como a expectativa pode influenciar o seu comportamento (para o bem e para o mal)

Está aí uma pesquisa que explica muita coisa. De amuletos que supostamente dão sorte até situações em que você diz “isso não vai terminar bem” e realmente acaba se envolvendo em problemas. Trata-se, meus caros, do poder da sugestão.
Em um artigo publicado na edição de junho do periódico Current Directions in Psychological Science, psicólogos das Universidades Victoria de Wellington, Harvard e Plymouth exploraram a relação entre cognição, comportamento e sugestão. Eles já estudavam essa relação há anos em suas carreiras de pesquisadores e chegaram à conclusão de que “os efeitos da sugestão são maiores e geralmente mais surpreendentes do que muitas pessoas podem imaginar”, como definiu Maryanne Garry, da Universidade de Wellington, Nova Zelândia, ao Medical Xpress.
Segundo eles, isso pode influenciar, por exemplo, o desempenho das pessoas em tarefas que envolvem aprendizado e memória, os produtos que preferem consumir e como responderão a medicamentos e tratamentos.
Mas o mais interessante é como esse efeito pode ser observado em nossa vida diária. Isso está no que eles chamam de “expectativa de resposta”, ou a maneira como antecipamos as nossas respostas em várias situações. Essas expectativas nos preparam – ou programam – para respostas automáticas que vão nos influenciar para conseguir o resultado que esperamos. Para entender melhor: uma vez que antecipamos um resultado específico, nossos pensamentos e ações vão nos ajudar a realizá-lo.
Em termos práticos: se uma pessoa tímida acredita que uma taça de vinho vai ajudá-la a ficar mais desinibida e conhecer mais pessoas em uma festa, isso provavelmente vai ajudá-la e ela vai se sentir livre para se envolver em mais conversas. Mesmo que dê o crédito para o álcool, porém, está claro para os pesquisadores que foram as suas expectativas de como o vinho a faria se sentir que fizeram o maior papel. Outro exemplo: um amigo diz, do nada, que você está meio esquisito e pergunta se há algum problema. De fato não havia nenhum, mas, depois dessa pergunta, você fica encanado e começa realmente a agir estranho, sem saber o porquê.
Sim, o poder da sugestão também pode tem seu lado ruim. E isso é especialmente grave na pesquisa científica. Para os autores, simplesmente observar uma pessoa em um experimento já tem efeito sobre ela e pode afetar os resultados – fazendo com que se dê o crédito para alguma droga ou tratamento que se está pesquisando e não para o efeito sugestivo da pesquisa em si, por exemplo. É por isso que pesquisadores precisam tomar o máximo cuidado ao comunicar suas intenções para os voluntários, já que a mera expectativa comunicada pode influenciar as respostas.
Os autores do artigo Garry afirmaram que ainda há muito a ser pesquisado sobre o tema. Mas fica a aposta: “Se conseguirmos desvendar o poder da sugestão, poderemos melhorar a vida das pessoas”, afirma Garry.

Fonte: Superinteressante.

Ser exposto a coisas incríveis torna você uma pessoa melhor

Qual foi a última vez que você viu alguma coisa que realmente te surpreendeu? Presenciar cenas incríveis – aquelas que nos deixam maravilhados, admirados, de boca aberta – ajuda a nos tornar pessoas melhores, de acordo com um novo estudo da Universidade Stanford (EUA).
Se surpreender com as maravilhas que existem no mundo já é uma algo fascinante por si só. Agora, pesquisadores descobriram que esse sentimento de grande admiração traz benefícios ao corpo, melhorando a sensação de bem-estar e levando as pessoas a se comportarem de maneira mais altruísta e menos materialista.
Você pode começar a ver coisas incríveis já. Que tal conferir um belíssimo vídeo com as lindas criaturas que vivem no mar? Você também pode viajar ao redor de nosso planeta, com imagens incríveis filmadas da Estação Espacial Internacional.
Sim, ver coisas fascinantes por fotos, televisão ou internet também provocam efeitos positivos no nosso corpo. Mas os pesquisadores deixam claro: os benefícios são muito maiores se presenciarmos coisas incríveis no momento em que elas acontecem, com nossos próprios olhos e longe de telas de computador. Se você estiver vendo uma coisa incrível pela primeira vez, como um lugar belíssimo ou um eclipse solar, por exemplo, vai se surpreender ainda mais e sentir emoções mais positivas.
Na próxima vez que sua família ou amigos te chamarem para uma experiência nova, como fazer uma trilha ou escalar um morro, não pense duas vezes. Aproveite as companhias, as maravilhas que existem ao nosso redor e, de quebra, você ainda pode se tornar uma pessoa melhor.

Fonte: Hypescience.