Experiências de quase morte são muitas vezes consideradas como fenômenos místicos, mas pesquisas estão revelando explicações científicas.
Detalhes do que acontece em experiências de quase morte são agora conhecidos amplamente: sensação de estar morto, um sentimento de que a "alma" deixou o corpo, uma viagem em direção a uma luz brilhante e uma partida para outra realidade, onde o amor e a felicidade são abrangentes.
Aproximadamente 3% da população dos Estados Unidos diz que teve uma experiência de quase morte, de acordo com uma sondagem da Gallup. Experiências assim são relatadas através das culturas, com registros escritos que remontam à Grécia antiga. Nem todas essas experiências realmente coincidem com um estudo envolvendo 58 pacientes que relataram experiências de quase morte, devendo se observar que 30 não estavam realmente em perigo de morrer. Recentemente, uma série de estudos revelou bases de todos os elementos de tais experiências. "Muitos dos fenômenos associados com experiências de quase morte podem ser biologicamente explicados", conta o neurocientista Dean Mobbs, da Cambridge University. Mobbs e Caroline Watt, da Universidade de Edimburgo detalham esta pesquisa no Trends in Cognitive Sciences. Por exemplo, a sensação de estar morto não é limitada a experiências de quase morte; existe uma síndrome em que os pacientes "andam como uns cadáveres”, com a crença delirante de que estão mortos. Esse distúrbio ocorre após um trauma durante estágios avançados de febre tifoide e esclerose múltipla, e tem sido associado a regiões do cérebro como o córtex parietal e córtex pré-frontal. O mecanismo por trás da síndrome permanece desconhecido. Mas essas experiências são agora conhecidas por sua incidência comum durante o sono interrompido. Por exemplo, a paralisia do sono ou a experiência de sentir-se paralisado, enquanto ainda se está consciente do mundo exterior, é relatada em até 40% de todas as pessoas e está ligada a vívidas alucinações de sonhos que podem resultar na sensação de flutuar acima do corpo. Um estudo de 2005 descobriu que experiências “fora do corpo” podem ser artificialmente provocadas estimulando-se a junção temporoparietal direita no cérebro, o que sugere que a confusão sobre a informação sensorial pode alterar radicalmente uma experiência do próprio corpo. Pacientes com doença de Parkinson, por exemplo, relataram ter visões de fantasmas, monstros e parentes mortos. A explicação? Parkinson envolve o funcionamento anormal da dopamina, um neurotransmissor que pode evocar alucinações. E quando se trata da experiência comum de reviver momentos de uma vida passada, um “culpado” pode ser o locus coeruleus, uma região do mesencéfalo que libera noradrenalina, hormônio do estresse liberado em níveis elevados durante o trauma. O locus coeruleus está altamente relacionado com regiões do cérebro que medem a emoção e memória, como a amígdala e o hipotálamo. Além disso, a pesquisa agora mostra que uma série de medicamentos e até mesmo o lazer podem espelhar a euforia muitas vezes sentida em experiências de quase morte, como o anestésico cetamina, que também pode desencadear experiências de quase morte ou “fora do corpo” e alucinações. E finalmente, um dos aspectos mais famosos de alucinações de quase morte, que é o de estar andando dentro de um túnel em direção a uma luz brilhante. Embora as causas específicas dessa parte das experiências de quase morte ainda não estejam claras, a visão do túnel pode ocorrer quando o sangue e o fluxo de oxigênio são esgotados para os olhos. De um modo geral, as evidências científicas sugerem que todas as características das experiências de quase morte têm alguma base em funções normais do cérebro que deram errado. Além disso, o próprio conhecimento do folclore a respeito de episódios de quase morte pode desempenhar um papel crucial em vivê-los. Tais descobertas "fornecem evidências científicas para algo que sempre foi considerado como estando no campo da paranormalidade", diz Mobbs. "Eu pessoalmente acredito que a compreensão do processo de morte pode nos ajudar a chegar a um acordo com esta parte inevitável da vida."
Aproximadamente 3% da população dos Estados Unidos diz que teve uma experiência de quase morte, de acordo com uma sondagem da Gallup. Experiências assim são relatadas através das culturas, com registros escritos que remontam à Grécia antiga. Nem todas essas experiências realmente coincidem com um estudo envolvendo 58 pacientes que relataram experiências de quase morte, devendo se observar que 30 não estavam realmente em perigo de morrer. Recentemente, uma série de estudos revelou bases de todos os elementos de tais experiências. "Muitos dos fenômenos associados com experiências de quase morte podem ser biologicamente explicados", conta o neurocientista Dean Mobbs, da Cambridge University. Mobbs e Caroline Watt, da Universidade de Edimburgo detalham esta pesquisa no Trends in Cognitive Sciences. Por exemplo, a sensação de estar morto não é limitada a experiências de quase morte; existe uma síndrome em que os pacientes "andam como uns cadáveres”, com a crença delirante de que estão mortos. Esse distúrbio ocorre após um trauma durante estágios avançados de febre tifoide e esclerose múltipla, e tem sido associado a regiões do cérebro como o córtex parietal e córtex pré-frontal. O mecanismo por trás da síndrome permanece desconhecido. Mas essas experiências são agora conhecidas por sua incidência comum durante o sono interrompido. Por exemplo, a paralisia do sono ou a experiência de sentir-se paralisado, enquanto ainda se está consciente do mundo exterior, é relatada em até 40% de todas as pessoas e está ligada a vívidas alucinações de sonhos que podem resultar na sensação de flutuar acima do corpo. Um estudo de 2005 descobriu que experiências “fora do corpo” podem ser artificialmente provocadas estimulando-se a junção temporoparietal direita no cérebro, o que sugere que a confusão sobre a informação sensorial pode alterar radicalmente uma experiência do próprio corpo. Pacientes com doença de Parkinson, por exemplo, relataram ter visões de fantasmas, monstros e parentes mortos. A explicação? Parkinson envolve o funcionamento anormal da dopamina, um neurotransmissor que pode evocar alucinações. E quando se trata da experiência comum de reviver momentos de uma vida passada, um “culpado” pode ser o locus coeruleus, uma região do mesencéfalo que libera noradrenalina, hormônio do estresse liberado em níveis elevados durante o trauma. O locus coeruleus está altamente relacionado com regiões do cérebro que medem a emoção e memória, como a amígdala e o hipotálamo. Além disso, a pesquisa agora mostra que uma série de medicamentos e até mesmo o lazer podem espelhar a euforia muitas vezes sentida em experiências de quase morte, como o anestésico cetamina, que também pode desencadear experiências de quase morte ou “fora do corpo” e alucinações. E finalmente, um dos aspectos mais famosos de alucinações de quase morte, que é o de estar andando dentro de um túnel em direção a uma luz brilhante. Embora as causas específicas dessa parte das experiências de quase morte ainda não estejam claras, a visão do túnel pode ocorrer quando o sangue e o fluxo de oxigênio são esgotados para os olhos. De um modo geral, as evidências científicas sugerem que todas as características das experiências de quase morte têm alguma base em funções normais do cérebro que deram errado. Além disso, o próprio conhecimento do folclore a respeito de episódios de quase morte pode desempenhar um papel crucial em vivê-los. Tais descobertas "fornecem evidências científicas para algo que sempre foi considerado como estando no campo da paranormalidade", diz Mobbs. "Eu pessoalmente acredito que a compreensão do processo de morte pode nos ajudar a chegar a um acordo com esta parte inevitável da vida."
Fonte: Scientific american
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