sábado, 31 de março de 2012
Enquanto isso em alguma obra...
A ciência do autocontrole
Quem nunca teve muita vontade de dizer poucas e boas ao chefe, a um amigo ou parente mas na hora h usou toda a energia para evitar fazer isso? Ou então cedeu ao ímpeto e perdeu algo importante – talvez um relacionamento ou o emprego? Agora, imagine se você sempre fizesse tudo que passasse pela cabeça. Talvez a possibilidade seja tentadora, mas provavelmente você já teria tido problemas profissionais, dificilmente manteria um relacionamento afetivo estável ou amizades e com certeza se envolveria muitas vezes em brigas de todo tipo – o que seria um risco até para sua integridade física. Afinal, não por acaso a capacidade de autocontrole em situações sociais é essencial para um convívio razoavelmente harmônico.
O fato é que quase sempre precisamos refrear nossos impulsos para que, por exemplo, um pequeno desentendimento entre colegas ou na família não se torne algo enorme, que cause ruptura permanente. Da mesma forma, também deveríamos resistir a certas tentações se um relacionamento estável for importante. E quem sempre diz o que pensa não raro coloca pedras no próprio caminho.
Em todas essas situações utilizamos o autocontrole para seguir as normas sociais. Mas nem sempre é fácil manter o domínio de nossas reações. E como acontece com a maioria das características humanas, há grandes diferenças individuais no que se refere à capacidade de filtrar comportamentos para não deixar que a exaltação tome conta de nós. Em nossa sociedade, quem tem bom domínio de si mesmo é em geral mais respeitado por outros do que pessoas consideradas imprevisíveis e explosivas – o que certamente traz inúmeras vantagens.
Pessoas com bom autocontrole são, em geral, mais bem-sucedidas no trabalho e mantêm relacionamentos estáveis, como comprovam estudos do psicólogo social Roy Baumeister e de seus colegas da Universidade Estadual da Flórida em Tallahassee, nos Estados Unidos. Ele reconhece que, apesar de a autonomia emocional ser tão importante para o convívio, durante muito tempo seus fundamentos neurobiológicos foram ignorados. Hoje, os pesquisadores que se dedicam a esse estudo investigam principalmente duas questões: 1. Os processos cerebrais responsáveis por nossa capacidade de autocontrole social; 2. As características neurobiológicas que possam esclarecer as diferenças individuais relacionadas a essa capacidade. Alguma vez um bom amigo traiu sua confiança? É provável que você tenha exposto a ele claramente sua opinião ou talvez tenha até terminado a amizade. Ou você se irritou ultimamente com uma multa por ter dirigido rápido demais na estrada? De fato, quando desrespeitamos regras, podemos ser punidos pelas pessoas à nossa volta ou por instituições públicas. Por esse motivo, quase sempre respeitamos as normas e controlamos impulsos egoístas para evitar as sanções.
Sabendo disso, neurocientistas aproveitam o fato de as reações serem mais fortes quando somos ameaçados com punição por desrespeito ao que está estabelecido ou em situações nas quais somos observados por outras pessoas e reproduzem essas condições nos experimentos. Uma equipe de pesquisadores coordenada pelo cientista econômico Ernst Fehr, da Universidade de Zurique, e pelo psiquiatra Manfred Spitzer, da Universidade de Ulm, estudou recentemente o que acontece no cérebro nessas ocasiões. Eles compararam o comportamento e a atividade cerebral de adultos saudáveis em duas situações: na primeira, o participante recebia 1 euro por rodada e deveria decidir a cada vez que porcentagem queria ceder para outro participante. No Segundo cenário a pessoa devia tomar a mesma decisão, sabendo, porém, que o recebedor poderia considerar a oferta injusta e punir com pontos negativos aquele que a propunha. Conforme esperado, os voluntários se mostraram muito mais generosos diante da possibilidade de punição. Enquanto no primeiro caso quase ninguém optou por doar mais de 20 centavos, a maioria dos participantes do outro grupo dividiu pela metade a quantia que lhe coube.
Como revelou a tomografia por ressonância magnética funcional (TRMf), as áreas pré-frontais foram mais intensamente ativadas quando havia a possibilidade de castigo. Quanto mais divergente o comportamento do participante sob as duas condições, maior se mostrava a diferença no cérebro. Aqueles que responderam mais intensamente à punição por uma oferta muito sovina, cedendo muito mais dinheiro, apresentaram intensa ativação do lobo frontal.
Os pesquisadores acreditam que isso ocorre porque os participantes precisam exercer maior controle sobre seus impulsos egoístas para ceder uma quantia mais elevada do que gostariam. O córtex pré-frontal desempenha aqui um papel claramente importante.
O resultado é também interessante se considerarmos estudos que mostraram uma ativação reduzida de áreas pré-frontais em criminosos psicopatas. Sua pouca capacidade de controlar o próprio comportamento apesar da ameaça de sanções pode estar associada a déficits nessas áreas.
Fonte: Scientific american.
Os sinais da luxúria: veja como a libido afeta seu corpo, parte a parte
O sexo começa muito antes de duas pessoas trocarem carícias entre 4 paredes. Só de “pensar naquilo”, já ocorrem alterações no cérebro e em todo nosso corpo. A excitação masculina costuma ser despertada visualmente, pela imagem do objeto de desejo ou cenas eróticas. Já elas se sentem mais estimuladas com a proximidade física, o tato — e coram a pele, uma arma evolucionária de sedução. Após essas preliminares, nosso corpo dispara sinais para que o desejo se concretize, garantindo a sobrevivência da espécie. Confira abaixo os menos evidentes entre esses sintomas picantes.
Fonte: Galileu.
sexta-feira, 30 de março de 2012
Qual é a pior característica de um chefe?
Segundo um novo estudo que analisou as características boas e ruins dos patrões, a pior qualidade em um chefe é a arrogância. Bons chefes, por outro lado, são considerados confiáveis.
O estudo de personalidade e desenvolvimento de liderança da empresa de avaliações e consultoria Hogan Assessment Systems foi baseado em pesquisas com 1.000 empregados.
Os piores líderes foram mais frequentemente descritos como arrogantes. Outras qualidades que levam a antipatia de um trabalhador pelo seu supervisor é ser manipulador, emocionalmente instável, pouco gerenciador, passivo-agressivo e desconfiado dos outros.
Grandes chefes, ao contrário, foram mais frequentemente descritos como confiáveis, responsáveis, inspiradores, sensíveis, e com capacidade de se manterem calmos sob pressão.
Um dado do estudo foi revelador: o trabalhador médio estaria disposto a voltar a trabalhar com menos da metade de seus antigos patrões, o que significa que não existem muitos bons líderes por aí.
Pesquisas anteriores a essa já mostravam que mais da metade dos líderes falha em sua função. Por isso, Natalie Tracy, diretora de marketing da Hogan Assessment Systems, disse que é importante compreender o que faz os funcionários gostarem dos ou desprezarem seus gerentes.
“Má liderança causa engajamento reduzido e até mesmo problemas de saúde entre os funcionários”, disse ela. “Com uma melhor compreensão do que separa os bons líderes dos ruins, as organizações e empresas podem avaliar e decidir quem fica no comando”.
Independentemente de quem está no comando, no entanto, o estudo descobriu que os funcionários acham importante gostar de seu chefe, e consideram igualmente essencial que o chefe goste deles. Ou seja, pode estar na hora de mudar a imagem de “vilão” dos chefes, para uma mais amigável.
Fonte: LiveScience
Os 10 empregos modernos mais bizarros
Você acha que seu trabalho é bizarro? Que você sofre no escritório? Então confira essa lista de trabalhos modernos bizarros, porém necessários para o funcionamento do mundo. Você pode não estar na pior situação possível. Depois nos conte, nos comentários, se você teria coragem de exercer alguma dessas funções:
1-“Cheirador” de axila
Quando vamos comprar desodorantes, testamos os vários aromas diferentes para encontrar um do nosso agrado. Mal imaginamos que, na fábrica dos desodorantes, pessoas experimentaram cheirinhos bem diferentes para que você pudesse se sentir fresco e cheiroso o dia inteiro. Afinal, os desodorantes não precisam apenas perfumar, mas sim mascarar odores corporais. Os cheiradores de axila precisam cheirar sovacos o dia inteiro, para assegurar que o desodorante está cumprindo seu papel.
2-Determinador de sexo de galináceos
Quando os pintinhos nascem nas grandes fazendas, os machos e fêmeas precisam ser separados. E aí surgem as pessoas especializadas em dizer se os pintinhos são meninos ou meninas. Essas pessoas precisam de mãos cuidadosas e olhos de águia (afinal, não deve ser fácil identificar os órgãos sexuais minúsculos dos bichinhos).
3-Avaliador de móveis
Na próxima vez que você sentar em seu sofá, saiba que alguém teve que sentar em um modelo muito parecido, por horas a fio, para saber se ele é bom para sua postura. Talvez essa seja uma profissão que seja uma exceção da lista – duvidamos que alguém reclamaria de ser pago para ficar sentado e relaxando em um sofá.
4-Ordenhador de cobras
O veneno de cobras é usado para uma enorme variedade de coisas, incluindo pesquisas médicas. O problema é que as bichinhas não dão seu veneno de graça para nós. Aí entram os ordenhadores de cobras, que passam seus dias fazendo com que cobras mordam um pote com uma cobertura plástica par extrair seu veneno.
5-Reapropriador de aviões
O que acontece quando alguém não paga a prestação do seu jatinho particular corretamente? Um piloto especializado em reapropriar aviões aparece e leva sua aeronave embora!
6-Mascote de time
Alguns mascotes podem ser mais populares do que os jogadores. E eles não são apenas sujeitos muito fãs do time, e sim pessoas pagas para usar a fantasia e sair pulando por aí. Se você é tímido ou claustrofóbico, não é um bom emprego para você.
7-Modelo de mãos ou pés
Você não precisa ser muito alta, magra ou ter um rosto impecável para ser uma modelo. Basta ter mãos ou pés muito bonitos. E, dependendo do produto, nem isso! Se você for participar de um comercial de creme para as mãos, por exemplo, basta ter uma mão feiosa e ser paga para aparecer na foto de “antes do uso”.
8-Recuperador de bolas de golfe
Você já pensou no que acontece com todas as bolinhas que vão parar nos laguinhos dos campos de golfe? Elas não ficam lá, obviamente – aí teríamos mais bolinhas do que água -, mas são recuperadas por mergulhadores e reaproveitadas. Acredite ou não, é um trabalho pelo qual paga-se bem, além de ser muito perigoso (sabe-se que duas pessoas morreram recuperando bolinhas).
9-Masturbador de animais de fazenda
Para fazer uma inseminação artificial, algumas pessoas precisam fazer um trabalho manual primeiro, para coletar o sêmen de um touro, por exemplo. Alguns possuem até equipamento especial – uma espécie de vibrador elétrico, que envia estímulos através da parte “traseira” do animal.
10-Coletor de vômito
Se você já foi em um parque de diversões com atrações mais radicais, sabe que sempre tem uma pessoa que acaba vomitando. E nesse tipo de lugar, uma grande quantidade de vômito é produzida por dia. Como não é muito bonito deixar a meleca por lá, algumas pessoas são especialmente contratadas para limpar a sujeira.
Fonte: Hypescience.
Como irritar pessoas de cada signo
- Fale com ele dando uma enorme pausa entre as palavras.
- Não deixe que ele fale, ou, se falar, corte pelo meio.
- Diga como quer que faça as coisas e fique controlando.
- Não demonstre paixão e aja como se você não gostasse dele.
- Levante a voz cada vez que se quiser fazer entendido.
- Dê uns cascudos na cabeça dele de vez em quando.
- Lembre sempre que eles estão querendo aparecer e, no meio de um grupo, dirija-se a ele, advertindo: “Você fala eu, eu, eu, o tempo todo…”
- Entre sem pedir licença e alugue o tempo deles numa segunda-feira de manhã.
Touro
- Gaste o dinheiro dele, peça para dar uma dentada no seu sanduíche ou na sua maçã, desperdice seu material, não devolva suas coisas.
- Fale com ele bem apressado, pulando direto às conclusões.
- Se estiver na casa de um deles, mude a posição dos objetos quando eles não estiverem olhando.
- Se for possível, quebre estatuetas, bibelôs ou outros objetos de decoração da casa deles e depois pergunte: “Isto não tinha mesmo muita importância, não é?”
- Encharque-se de perfume tipo “penteadeira de viúva” antes de andar de carro com ele.
Gêmeos
- Aborreça-o com lágrimas e longos monólogos sobre sua vida emocional.
- Não converse com ele, em absoluto.
- Monopolize-o numa festa de forma que ele não possa se movimentar e nem conversar com mais ninguém.
- Repita sempre: “De onde você tirou essa idéia?”
- Peça a ele para fazer menos movimento com os braços e com as mãos em público e quando iniciar um assunto, diga: “Isso eu já sei!” Ou então: “- Lá vem você de novo!”
- Abra a porta do quarto dele e berre: “Vai sair desse telefone ou não vai?”
Câncer
- Pegue objetos da gaveta dele e não os reponha no lugar.
- Insulte suas mães, com classe, é claro.
- Critique sua casa.
- Advirta-o de que ele pode perder o emprego ou que uma estrada está para ser construída, passando exatamente onde está situada sua casa.
- Diga que aquela foto de família pendurada na sala é brega, e confunda o retrato da vovó querida com o Mike Tyson.
- Critique todos as ex dele.
- Jogue fora aqueles discos do Ray Coniff que ele coleciona junto com outras raridades.
- Descubra aquele cantinho que ele gosta de ficar e dê uma geral, mudando tudo de posição.
Leão
- Tente ensiná-lo alguma coisa que ele não saiba e dê uma gozada no final, como se fosse um completo ignorante.
- Ignore-o.
- Esqueça o nome dele e pergunte: “Qual é mesmo o seu nome?”
- Em público, não o apresente a pessoas importantes.
- Deboche do seu gosto, da sua elegância e da sua aparência.
- Quando estiver dramatizando um situação, ria quando o caso for triste e faça caretas quando contar uma piada.
- Quando ele perguntar após a transa: “Foi bom para você?”, responda: “Mais ou menos…”
- Não preste atenção em nenhuma de suas histórias e depois diga: “Desculpe, nem ouvi o que você estavafalando.”
- Tire-o de cena, dizendo: “Depois você fala, tá?”
Virgem
- Choramingue bastante.
- Desarrume a casa dele, atrapalhe a sua programação e esqueça de atarraxar a pasta de dente.
- Cheire feito um gambá.
- Diante do armário do banheiro, indague: “Para que tanto remédio?”
- Faça xixi na tampa da privada ou, de preferência, no chão, em volta do vaso.
- Critique o jeito dele se vestir.
- Diga que aquele dentinho torto é um charme.
- Use os vasos de planta dele como cinzeiro e enterre os palitinhos de fósforo na terra.
- Depois de abraçá-lo longamente, revele que você está fazendo um tratamento contra piolho.
Libra
- Diga bastante: “Isso é com você, decida logo!”
- Leve-o a locais feios.
- Aja de forma grosseira em público, tire melecas, arrote, fale palavrões, vire cerveja na mesa, chame o garçom pelo nome, peça pizza de alho e depois tente beijá-lo.
- Critique seu parceiro.
- Recuse-se a debater com ele.
- Dê para ele um CD do Tiririca.
- Faça piadinhas do tipo: “Com este vestido você fica parecendo a garota propaganda da Ultragaz.”
- Peça sempre para ele descer do muro e se assumir.
Escorpião
- Faça perguntas pessoais.
- Saiba muito sobre ele e dê a entender isso.
- Obtenha mais sucesso do que ele e se vanglorie disso (isso mata qualquer escorpiano).
- Repita sempre: “Isso não é da sua conta!”
- Abra e remexa suas gavetas.
- Escreva coisas na sua agenda em código e depois deixe que ele a encontre por acaso.
- Cochiche com outras pessoas olhando para ele e rindo de vez em quando.
Sagitário
- Dê a ele muitas responsabilidades.
- Coloque realismo na sua filosofia.
- Nunca ria das piadas dele.
- Não tope nenhuma aventura ou quebra de rotina e esteja sempre de mau humor.
- Quando pintar aquela aventura, diga com ar entediado: “Não estou a fim…”
- Não aceite nenhum tipo de disputa ou jogo.
- Repita sempre: “Isso são horas?”
- Faça tudo para impedir aquela viagem de férias dele.
- Faça insinuações sobre a pouca cultura dos pais dele ou de outros familiares.
Capricórnio
- Organize tudo para que ele se sinta inútil.
- Lembre-o da sua baixa posição social.
- Embarace-o em público: faça escândalos, berre com ele e brigue com o caixa por causa dele.
- Deixe-o esperando e nunca chegue na hora marcada.
- Perca ou esqueça coisas importantes que ele confia a você, como documentos, chaves ou a carteira.
- Repita sempre: “Você não tem responsabilidade!” (nada chateia tanto um capricorniano como ser chamado de irresponsável)
- Insinue que ele está saindo com a chefe para crescer na empresa.
- Repita, de tempos em tempos: “Você é um chato!”
Aquário
- Torne-se pessoal e íntimo.
- Ao encontrá-lo, dê um longo abraço e fique apertando-o contra o peito, emocionado, lacrimejante.
- Insista para que ele ligue várias vezes ao dia para posicioná-lo de seus movimentos.
- Mude-se para a casa dele.
- Faça-se passar por burro e tapado e ainda queira ter razão.
- Diga a ele o que ele deve fazer, quando e como fazer.
- Exiba seus valores materiais na cara dele, tipo carro, jóias, dinheiro e posição social.
- Pergunte sempre: “O que é que você está pensando?”
- Cite seus amigos sempre pelo nome e sobrenome.
Peixes
- Diga para ele se agarrar a si mesmo.
- Marque um encontro com ele num local brilhante, barulhento e superpovoado.
- Deixe-o falando sem parar e depois diga que não entendeu nada.
- Grite, fale aos berros.
- Conte os seus segredos e deixe-os ficar emocionados com a sua sinceridade.
- Depois ria e pergunte: “Mas você acreditou nisso?”
- Convide-o para olhar as estrelas e fale sobre alíquotas de exportação e importação o tempo todo.
- Arranhe o CD do Djavan dele, apague o cigarro no cristal que ele usa para meditar, deixe cair sua máquina fotográfica e sublinhe os livros que pegou emprestados dele.
- Escolha filmes violentos.
- Repita sempre que este negócio de romance, flores e bombons é tudo coisa de boiola.
- E pergunte sempre: “Você não vai tomar banho antes de dormir?”
Recebido por email da Flávia.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Telepatia, fraude ou anomalia?
Quantas vezes você pensou em alguém e, no momento seguinte, atendeu um telefonema dessa pessoa? Ou recebeu a visita de um familiar querido e distante, depois de desejar notícias dele? Com a mineira Iraci de Jesus, fenômenos desse tipo não são novidade. Há algum tempo, ela atendeu a porta e deu de cara com o irmão que, numa passagem relâmpago por São Paulo, resolveu deixar-lhe um cheque. Algumas horas antes, preocupada em fazer um pagamento, Iraci tinha pensado nele como única alternativa para conseguir o dinheiro. Desejara demais dizer isso a ele, mas não se sentira à vontade para fazer o pedido. A terapeuta corporal Sandra Fainbaum também tem uma coleção de casos semelhantes. Um deles: anos atrás, não resistiu à sensação de estar sendo chamada pelo marido. Preocupada, saiu de casa e começou a andar pela calçada, atenta aos carros que passavam. Já estava na terceira quadra quando avistou o carro dele, parando no meio da rua. Sandra percebeu que o marido desmaiara sobre o volante e conseguiu socorrê-lo rapidamente.
Relatos desse tipo são impressionantes, mas não provam nada. Não há como descartar a possibilidade de que tudo não passe de coincidência. Afinal, para cada história arrepiante como essas, quantas não devem haver de pessoas que tiveram um pressentimento e aquilo não deu em nada? O único jeito de comprovar a existência da telepatia seria ter resultados estatisticamente significantes de que esses fenômenos acontecem com mais frequência do que seria normal um fato qualquer acontecer. E esses resultados ainda não existem – pelo menos não com a clareza suficiente para afastar dúvidas.
Telepatia é o termo usado para se referir à aquisição de informações por outros meios que não os sentidos físicos conhecidos. A resistência em procurar entender tais acontecimentos ou acreditar neles é grande, mas fácil de ser compreendida. “Entrar em contato com os pensamentos, sentimentos e ideias de outras pessoas de maneira aparentemente direta, mente–mente, sem necessidade que tais informações passem pelos sentidos, é considerado algo fora do normal, por se tratar de um tipo de interação diferente da forma prevista pela ciência”, diz Wellington Zangari, coordenador do Inter Psi (Grupo de Estudos de Semiótica, Interconectividade e Consciência), da PUC de São Paulo.
E, como tudo o que é fora do normal caminha lado a lado com o ceticismo, parece não ter mesmo jeito: “Se você acredita, poderá ser associado ao charlatanismo, misticismo, ou ser visto como alguém facilmente influenciável. Se não, será suspeito de cientificismo ateu, de não possuir nenhuma abertura, nenhuma curiosidade científica”, diz Jean Claude Obry, pesquisador e filósofo francês que mora no Brasil há cerca de 20 anos. Ele é presidente da beOne Internacional Associação (BIA), que promove a qualidade de vida por meio da experimentação das sensações (os cinco sentidos). Segundo Obry, se os assuntos considerados fora da normalidade pudessem se encaixar na realidade cotidiana, eles não pareceriam tão assustadores.
Pode-se entender por telepatia várias formas de comunicação, da linguagem não-verbal, não-simbólica, não-escrita e não-fonética dos animais à realizada com o telefone celular. Ou alguém duvida que essa comunicação a distância, sem fio, não seria considerada algo fora do normal pelos nossos ancestrais? “Os jovens de hoje não estranham a tecnologia com a qual convivem desde pequenos, mas continuam fascinados pelos mistérios de histórias fora do normal de um Harry Potter, porque, para ele telefonar para alguém com segurança, nem precisa de um celular, basta a sua operadora celeste”, lembra Obry.
Ondas mentais
De acordo com Zangari, do Inter Psi, apesar de não haver consenso sobre a melhor teoria para explicar a telepatia, a parapsicologia vem apresentado interpretações interessantes. “Nas primeiras décadas de estudo, procurou-se compreender a telepatia como um fenômeno eletromagnético, que funcionaria da mesma forma que os aparelhos de rádio e televisão. Supunha-se que, entre o receptor e o emissor, haveria ‘ondas mentais’, que transportariam informações do conteúdo cerebral entre eles. No entanto, as teorias baseadas nesse modelo caíram por terra porque, aparentemente, a telepatia não é limitada pela distância nem pelas barreiras físicas, como o são as ondas eletromagnéticas conhecidas.
As pesquisas sobre a possibilidade da existência da telepatia se tornaram sistemáticas a partir da década de 30, com a criação do Instituto de Parapsicologia na Universidde Duke, nos Estados Unidos, dirigido pelo Joseph Banks Rhine. “Rhine e sua equipe realizaram provas experimentais para verificar se, de fato, a telepatia, entre outros fenômenos anômalos, ocorria”, conta Zangari. Com um baralho especialmente criado para essa finalidade – o Baralho ESP (de extrasensory perception) ou Baralho Zener, constituído de 25 cartas, igualmente divididas em círculos, cruzes, ondas, quadrados e estrelas –, ele avaliou estatisticamente a ocorrência. “Ao longo de quase cinco décadas, Rhine e seus colaboradores obtiveram resultados significativos a favor da hipótese da telepatia”, afirma Zangari.
Depois disso, pesquisadores do mundo inteiro fizeram outros estudos e muitos chegaram a resultados similares, mesmo com técnicas diferentes das usadas no laboratório de parapsicologia da Universidade Duke. Acontece que os céticos descartam essas pesquisas, que eles consideram suspeitas. Um dos modelos atualmente em construção é o desenvolvido pelo psicólogo americano Rex Stanford, o Modelo de Resposta Instrumental Mediada por Psi, conhecido pela sigla em inglês, PMIR. Propõe, em linhas gerais, que o ser humano utiliza não apenas os sentidos conhecidos (tato, visão…) para estabelecer contato com o meio, mas também processos não-sensoriais, ou extra-sensoriais, para reconhecer tanto os perigos quanto as fontes de satisfação de necessidades básicas. “O modelo de Stanford é importante para a ciência, porque permite a avaliação empírica de seus postulados, além de integrar tanto perspectivas da biologia quanto da psicologia”, diz Zangari.
Até agora, a técnica mais sofisticada criada para estudar cientificamente a hipótese da telepatia se chama Ganzfeld. O experimento utiliza um emissor e um receptor. O primeiro vê uma imagem ou videoclipe, escolhido aleatoriamente por um computador, e tenta “transmiti-lo” mentalmente a um receptor, que está afastado sensorialmente do emissor. O receptor fica numa sala acústica e eletromagneticamente isolada e tem sobre os olhos uma espécie de óculos, sobre os quais uma luz colorida fornece um campo sensorial homogêneo. Seus ouvidos são bombardeados por um sinal sonoro constante, como o de um rádio fora da estação. Procura-se, assim, criar uma situação em que a pessoa possa reconhecer mais facilmente suas imagens mentais, suas sensações, seus sentimentos, uma vez que está praticamente isolada dos estímulos externos e mais atenta aos estímulos internos.
Segundo Zangari, os resultados mais sólidos obtidos pelas pesquisas Ganzfeld se relacionam à existência de correlações entre algumas variáveis. Resumidamente, os resultados são melhores quando: 1) emissor e receptor são pessoas afetivamente próximas, como amigos, pais e filhos ou marido e mulher; 2) o receptor tem personalidade extrovertida; 3) antes de participar do experimento, o receptor teve um histórico de experiências anômalas espontâneas; 4) o receptor já realiza algum tipo de atividade de “treinamento mental”, como meditação ou relaxamento; 5) o receptor acredita em fenômenos como a percepção extra-sensorial; e 6) o campo geomagnético está menos ativo.
Segundo Zangari, há muito o que esclarecer ainda sobre os experimentos Ganzfeld. “Apesar de reconhecermos algumas variáveis que parecem interferir no fenômeno, não conhecemos todas, o que ainda não nos permite controlar o fenômeno de modo a realizá-lo de acordo com nossa vontade”, diz.
Um tanto quanto cética com relação ao seu desempenho num experimento desse tipo, a professora Fátima Regina Cardoso, que dirige com Zangari o Inter Psi, decidiu participar de uma sessão de Ganzfeld. O resultado, diz ela, foi “muito bom e surpreendente”. Fátima ficou na posição de receptora da mensagem, enquanto um colega brasileiro foi o emissor. Durante o período de mentalização, entre outras imagens, ela visualizou um castelo medieval, em especial as masmorras. Teve sensações desagradáveis, como se estivesse vendo pessoas sofrendo. Ao final do experimento, acertou o alvo transmitido pelo colega. O clipe que serviu como alvo mostrava sombras de pessoas vestidas com roupas medievais, um homem com capa e espada e um chicote na mão, ameaçando outros que trabalhavam com martelos e outras ferramentas, com um fundo em cores bem quentes. Apesar de a imagem do alvo ter sido diferente da mentalizada por Fátima, ela não teve dúvida de que aquele seria o alvo, pois a sensação transmitida pelo clipe era muito próxima daquela sentida durante a mentalização.
As pesquisas Ganzfeld foram iniciadas na década de 1970 e, até o momento, segundo alguns, tiveram êxito em demonstrar, pelo menos, a possibilidade de existência da telepatia. No entanto, como não poderia deixar de ser, crentes e céticos divergem a respeito da consistência desses resultados. “Minha opinião é que mais pesquisas são necessárias para acabar com a polêmica em torno da existência da telepatia, mas os resultados acumulados por meio de estudos experimentais são favoráveis à hipótese de existência de um processo anômalo de interação entre os seres humanos”, diz Zangari.
Troca de energia
Para a escritora Halu Gamashi, a comunicação telepática envolve também os órgãos dos sentidos. A escritora, que se dedica à filosofia e à ciência dos ancestrais, acredita que existam muitas formas de comunicação telepática, envolvendo inclusive os órgãos dos sentidos. Para ela, a telepatia se constitui entre duas pessoas extra-sensorialmente sensíveis que aprendem a identificar uma informação por meio de um trejeito facial, um movimento dos olhos, um gesto. “Eu sei o que você está pensando”, dizem-se mutuamente. No entanto, por ser um acontecimento comum, as pessoas nem se dão conta de que houve uma comunicação telepática.
Telepatia hi tech
Fraude ou anomalia. Para os céticos, todos os supostos casos de telepatia acabam caindo em uma dessas categorias. E os estudos do cérebro até agora não corroboraram qualquer expectativa de que seja possível projetar os nossos próprios pensamentos na mente de outros ou captar o que está na cabeça alheia - definição clássica de telepatia. Pelo menos, não sem uma ajudinha substancial da tecnologia.
É a chamada "teclepatia", como costuma ser definida por seus entusiastas. Estudos sérios têm mostrado o potencial dessa ideia. As pesquisas conduzidas pelo grupo do brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke (EUA), mostram que dá para usar computadores para "decodificar" sinais cerebrais que indiquem movimento, fazendo com que macacos consigam movimentar braços robóticos com o cérebro como se fossem parte de seu corpo.
E um dos resultados mais impressionantes foi capa do periódico científico Neuron, no fim do ano passado. Um grupo de pesquisadores japoneses usou imagens de ressonância magnética para, com base nelas, reconstruir com impressionante precisão imagens que estavam sendo vistas naquele momento por voluntários humanos. Já neste ano, pesquisadores da Universidade Vanderbilt, nos EUA, conseguiram ir além dos japoneses. Eles acharam uma maneira de ler uma imagem que uma pessoa havia visto, mas não estava mais observando no momento da leitura, por ressonância magnética. Em suma: a técnica permitiu identificar de que imagem a pessoa estava se lembrando naquele momento - com 80% de precisão (muito melhor do que qualquer experimento de telepatia de supostos paranormais).
Memória decodificada
E os pesquisadores esperam melhorar ainda mais seus resultados. "Podemos coletar mais dados de imagens cerebrais, desenvolver métodos melhores para obtenção de imagens de alta resolução e tentar decodificar memórias de imagens muito diferentes entre si", afirma Frank Tong, um dos autores do estudo americano. Ainda assim, ele destaca que uma leitura completa do que se passa na mente ainda está bem longe de acontecer. As imagens que detectaram estavam no córtex visual (região cerebral ligada à percepção consciente da visão), mas lembranças de eventos antigos, por exemplo, estariam codificadas de forma diferente no cérebro e não poderiam ser acessadas com a mesma facilidade de outras.
A "teclepatia" está num começo auspicioso, mas ainda é um caminho incerto e que talvez chegue apenas a um beco sem saída - assim como aconteceu com a ideia tradicional de telepatia "mística".
Fonte: Superinteressante.
Pen-Drive: Uma Breve História
Os pen-drives são dispositivos de armazenamento móveis largamente utilizados atualmente. Com um tamanho parecido com o de um chaveiro, estes produtos são capazes de transferir músicas, filmes, documentos ou qualquer outro arquivo de um computador para outro com grande facilidade. Os primeiros pen-drives foram desenvolvidos no ano de 2000, pelas empresas Trek Technology e IBM. O produto da IBM começou a ser vendido na América do Norte em dezembro daquele ano, com o nome Disk-On-Key. O dispositivo tinha 8 MB de capacidade, o que era algo realmente inovador para a época. Hoje em dia, já existem pen-drives com capacidade superior a 256 GB.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Estresse infantil
Agenda cheia, reprovação dos pais, conflitos na escola. Pesquisas na área de neurociência e comportamento mostram como a exposição a fatores estressantes compromete o desenvolvimento das crianças e o que fazer para evitar danos futuros.
Natação, inglês, equitação, tênis, futebol. É cada vez mais comum encontrar crianças que mal saíram da pré-escola e já cumprem agendas de “miniexecutivo”, com compromissos que se estendem ao longo do dia. A intenção dos pais ao submeter os filhos a essas rotinas é torná-los adultos superpreparados para o competitivo mundo moderno. O preço que se paga por tanto esforço, porém, pode ser alto. Ainda pequenas, essas crianças passam a apresentar um problema de gente grande, o estresse. “É uma troca que não vale a pena”, afirma o psicoterapeuta João Figueiró, um dos fundadores do Instituto Zero a Seis, instituição especializada na atenção à primeira infância. “Frequentemente essa rotina impõe à criança um sentimento de incompetência, pois lhe são atribuídas tarefas para as quais ela não está neurologicamente capacitada.” Como uma bomba-relógio prestes a explodir, o estresse infantil tem ganhado status de problema de saúde pública. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Academia Americana de Pediatria publicou, em dezembro, novas diretrizes para ajudar os médicos a identificar e tratar esse mal. O risco dessa exposição, alertam os cientistas, são danos que vão bem além da infância, como a propensão a doenças coronarianas, diabetes, uso de drogas e depressão.
Fonte: Istoé
15 coisas que acontecem na Internet em um minuto
Um minuto é mais do que o suficiente para você acessar o e-mail, ler alguns tweets e curtir as atualizações dos seus amigos no Facebook. Mas muito mais do que isso acontece em 60 seguntos. O gráfico a seguir, divulgado pela Intel, mostra algumas estatísticas curiosas sobre o que é feito durante um único e singelo minuto na Internet. Alguns números surpreendem por serem baixos (apenas 6 novos artigos são incluídos na Wikipédia), enquanto outros são absurdamente grandes (o número de buscas no Google passa de 2 milhões, por exemplo).
O gráfico também apresenta previsões impressionantes: em 2015, uma pessoa vai levar 5 anos para assistir todo o conteúdo de vídeo que circula entre as redes IP a cada segundo. Hoje, o número de aparelhos conectados é igual ao de seres humanos (o que já bastante, se considerarmos que ainda existe muita gente sem acesso à internet), mas daqui três anos o número de dispositivos será o dobro da população humana.
Confira 15 coisas que ocorrem em um minuto da web:
1. 20 pessoas se tornam novas vítimas de roubo de identidade
2. 204 milhões de e-mails são enviados
3. 1300 pessoas se tornam novos usários de aparelhos mobile
4. 135 pessoas são infectadas por botnets
5. 6 novos artigos são publicados no Wikipédia
6. 47.000 downloads de aplicativos são feitos
7. A Amazon ganha 83 mil dólares em vendas
8. Mais de 100 pessoas criam contas no LinkedIn
9. 61.141 horas de música são ouvidas no Pandora
10. 20 milhões de fotos são vistas e 3000 fotos são postadas no Flickr
11. Mais de 320 novas contas do Twitter são criadas e 100 mil novos tweets são publicados
12. 277 mil pessoas fazem login no Facebook e 6 milhões de visualizações no Facebook são feitas
13. Mais de 2 milhões de buscas são feitas no Google
14. 30 horas de vídeo são postadas no Youtube e 1,3 milhões de vídeos são assistidos
15. 639.800 GB dados de IP são transferidos no mundo
Fonte: Superinteressante
terça-feira, 27 de março de 2012
Pessoas que leem são mais legais
Pesquisadores da Universidade de Washington e Lee (EUA) constataram esse efeito com um teste bem simples: colocaram voluntários para ler uma história bem curtinha, fizeram algumas perguntas para identificar o quanto cada um tinha curtido o que leu e aí derrubaram, sem querer querendo, um monte de canetas no chão. O estudo conta que, quanto mais “transportadas” para dentro da história as pessoas tinham sido, maiores eram as chances de levantarem o bumbum da cadeira para ajudar a recolher as canetas.
A explicação é que quando lemos algo que realmente mexe com a gente, criamos empatia pelos personagens da história — e quanto maior essa empatia, mais propenso a gente fica a ser bacana com os outros na vida real. E você aí, anda lendo muito?
Fonte: Superinteressante
Somos programados para acreditar em Deus?
Algumas habilidades humanas, tais como a música, são tratadas como dons: alguns parecem “ter nascido para a música”. No entanto, tarefas como andar e falar são comuns a todas as pessoas saudáveis, todos fomos “nascidos para andar” ou para falar. Será que é possível incluir a tendência de crer em Deus em um destes dois grupos? Acreditar em uma divindade é algo que vem naturalmente com o ser humano ou não?
Um autor norte-americano, Justin Barrett, acredita que sim. Ao analisar pesquisas antropológicas de várias universidades americanas, ele defende que quase todos nós nascemos naturalmente “crentes em Deus”.
Isso significa que, usando a lógica do andar ou falar, estamos naturalizados com a religião e a crença tão logo ela nos é apresentada, ainda na primeira infância. Seria uma tendência incluída na mente desde o nascimento.
Um estudo psicológico com bebês de 9 meses de idade, conduzido pela Universidade Emory (Atlanta, EUA), fez experimentos cognitivos. Os pesquisadores observaram que o cérebro das crianças, para entender o mundo, faz associações a partir de “agentes” (qualquer fator de ação ao seu redor, não necessariamente uma pessoa), e de como podem interagir com eles.
Naturalmente, os bebês sabem que tais agentes têm uma finalidade, ainda que seja desconhecida, e que os agentes podem existir mesmo que não possam ser vistos (é por isso, por exemplo, que filhotes de animais buscam se proteger de predadores mesmo que não os tenham visto).
Essa tendência, segundo o autor, facilita que se acredite em Deus. Não nos causa estranheza atribuir determinados fenômenos a um ente desconhecido: nosso cérebro pode lidar com isso sem problemas.
Outra pesquisa, da Universidade Calvin, em Grand Rapids (Michigan, EUA) vai ainda além: não apenas temos naturalidade com a ideia de um agente invisível, como somos diretamente propensos a este pensamento. Além disso, tais tendências não desaparecem na infância, se prolongando pela vida adulta na maioria dos casos.
Desde a infância, somos condicionados a acreditar que todas as coisas têm um propósito fixo. Uma terceira faculdade americana, Universidade de Boston (Massachussets, EUA), estudou crianças de 5 anos que visitavam um zoológico e olhavam para a jaula dos tigres.
Os pesquisadores descobriram que as crianças são mais propensas a acreditar que “os tigres foram feitos para andar, comer e serem vistos no zoológico”, do que “ainda que possam comer, andar e serem vistos, não é para isso que foram feitos”.
Temos dificuldade em não saber a razão da existência de algo, por isso recorremos a divindades. Este ente superior, por deter uma resposta que o ser humano não pode descobrir, recebe naturalmente atribuições de onisciência, onipresença e imortalidade, pois nosso cérebro tende a depositar todo o universo desconhecido em tal entidade.
O autor ainda lança uma pergunta: se Deus é aceito pelas crianças em um mecanismo de atribuição do desconhecido, semelhante ao Papai Noel ou a Fada do Dente, porque as crenças nestes últimos morrem com a infância e a ideia de Deus tende a permanecer na vida adulta?
Isso se explica, segundo ele, porque a imagem de Deus é mais poderosa. Papai Noel sabe apenas que deve te entregar um presente no dia 25 se você se comportou, e a Fada verifica apenas se você escondeu o dente debaixo do travesseiro.
Deus, ao contrário – e desde sempre somos levados a acreditar nisso -, sabe não apenas tudo o que você faz, mas também todos os outros seres do mundo e do universo. É por isso que algumas pessoas só passam a crer em Deus depois de mais velhas, mas ninguém retoma na vida adulta uma crença no Papai Noel: isso é algo restrito ao imaginário infantil.
Fonte: Hypescience
Seus suplementos vitamínicos estão matando você?
Muitas pessoas tomam suplementos vitamínicos todos os dias, geralmente para equilibrar uma alimentação ruim. Mas um novo estudo sugere que tomar essas pílulas pode não ser tão bom assim – e até aumentar o risco de morte.
Um estudo que reuniu o máximo de dados mundiais sobre o tema sugere que a quantidade de vitaminas presentes nos suplementos diários pode na verdade causar danos.
De acordo com o estudo, “o beta-caroteno e a vitamina E parecem aumentar a mortalidade, assim como altas doses de vitamina A. Suplementos antioxidantes precisavam ser considerados produtos médicos, e passar por testes suficientes antes de chegar ao mercado”.
Enquanto a maioria das pessoas toma os suplementos de vitaminas imaginando que vão viver mais e com mais qualidade, no fim o efeito pode ser contrário. É claro que isso não vale para todas as vitaminas, mas muitas vêm de forma combinada, e às vezes as pessoas não sabem direito o que cada suplemento contém.
Combine isso com outros estudos que demonstram a relação entre o excesso de vitaminas e o risco de câncer, e talvez seja hora de começar a pensar nos nutrientes das comidas, e não dos suplementos.
Fonte: Hypescience
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