sexta-feira, 10 de maio de 2013

As palavras mágicas “por favor” e “obrigado”, estão desaparecendo


Preste atenção às conversas ao seu redor – no escritório, na fila do banco, no restaurante, aqueles a quem você serve e as pessoas que você conhece diariamente. “Me traz um café.” “Me passa aquele prato.” Não sentiu falta de alguma coisa? Aquelas tradicionais palavras mágicas “por favor” e “obrigado”, que a gente aprendia quando criança, estão desaparecendo, você não acha? A psicóloga americana Brenda Kowalsky notou o desaparecimento da linguagem educada no nosso dia-a-dia. Ela acha que o problema é causado pela superficialidade da vida moderna. “O desaparecimento das ‘palavras mágicas’ no nosso dia-a-dia tem a ver com a preferência pelas coisas superficiais na sociedade moderna. Conversas vulgares, vestuário casual e comportamento casual sequestraram praticamente todas as áreas da vida e eu acho que isso não está sendo bom para ninguém” – ela comenta.
Outras expressões educadas também estão sendo esquecidas. “Seja bem-vindo”, por exemplo. Diga “obrigado” a alguém e, em vez de ouvir “de nada”, é mais provável que você ouça “legal”, “sem problema”, “pode crer”, ou uma longa lista de respostas que substituem o tradicional “de nada”. Em vez de dizer “obrigado”, as pessoas dizem “valeu”, ou, mais frequentemente, não dizem nada. E, no lugar de dizerem “não, obrigado”, expressões como “tô bem” são cada dia mais comuns. Mas respostas como “tô bem” e “pode crer” não têm o mesmo sentimento nem transmitem a mesma energia de quando estamos sinceramente expressando nossa gratidão. Elas parecem sem força, menos francas, como se fossem dolorosas demais para serem ditas. As boas maneiras estão se transformando ou estão simplesmente desaparecendo?
Coisas simples que dávamos como certas, quando crianças, não fazem mais diferença. Dizer “por favor”, “obrigado”, “com licença”, “desculpe”, “pois não”, oferecer ajuda e acompanhar soluções de problemas não têm mais a importância que tinham há pouco tempo atrás. Existe também uma mudança drástica nas relações do dia-a-dia. Passe, por exemplo,  por qualquer drive-tru de lanchonetes fast-food. Ou por uma fila de caixa numa mercearia. Entre na fila numa loja de conveniência. Se você tiver sorte, o funcionário que o atender olhará para você. Talvez até falem alguma coisa, friamente. Porém, mais provavelmente, eles lhe entregarão sua compra e a sacola enquanto olham sobre os ombros, sem notar a sua condição de ser humano e não apenas de cliente e consumidor.

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