Não é por acaso: a maioria dos animais de sangue quente (aves e
mamíferos) também mantêm a temperatura corporal entre 35 e 40 °C. É uma
vantagem evolutiva: manter o corpo nessa temperatura nos dá explosão muscular e
velocidade de reação em qualquer clima. Se a gente tivesse que esperar se
adaptar à temperatura ambiente para se mexer, nosso organismo seria sempre
retardatário.
Quem regula nossa temperatura é uma parte do cérebro chamado
hipotálamo - ele é uma espécie de termostato do nosso organismo, sempre
ajustado entre 36,6 e 37 °C. Se ele não fizesse esse controle, seriam afetadas
a velocidade das reações químicas e a atividade das enzimas envolvidas no
metabolismo. Ou seja, nosso organismo poderia entrar em pane.
Uma temperatura corporal acima dos 45 °C pode fazer as proteínas
cozinhar, alterando sua configuração de forma a lesá-las ou matá-las. Já o frio
extremo pode levar à formação de cristais de gelo no corpo, lesando
mecanicamente as células e alterando a concentração do líquido restante. Uma
consequência é o congelamento das extremidades do corpo (mãos e pés,
principalmente) e, em casos extremos, ataque cardíaco.
Para manter a temperatura constante, a evolução nos dotou de alguns
truques. Para liberar calor, o principal mecanismo é a transpiração, cujo
objetivo é refrescar a pele. Durante uma exposição prolongada ao frio, a
estratégia é ficar arrepiado e tremer, tentativas de manter a temperatura.
Fonte: Superinteressante.
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