Pessoas que acreditam que a inteligência é flexível são mais propensas a refletir sobre como melhorar seu desempenho e, assim, errar menos no futuro.
A inteligência pode aumentar com a vontade de aprender? Sua resposta a essa pergunta pode dizer muito sobre como você percebe seus erros e, consequentemente, como os transforma em conhecimento. Um estudo publicado na Psychological Science mostra que pessoas que acreditam que a inteligência é flexível são mais propensas a refletir sobre como melhorar seu desempenho e, assim, errar menos no futuro.
Pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan instruíram 25 alunos de pós graduação sobre uma tarefa simples e repetitiva no computador: deviam observar sequências de letras que se sucediam na tela e apertar o botão sempre que vissem determinado padrão, definido antes do exercício. Cada vez que erravam, aparecia uma mensagem de erro na tela. Eles tiveram o cérebro monitorado durante o experimento, e os pesquisadores observaram que, quando erravam, as imagens sinalizavam duas tênues respostas elétricas. A primeira reação é a percepção do equívoco, e a segunda é o desejo de consertar esse deslize.
Esse conceito surgiu quando os alunos foram questionados sobre o que pensavam a respeito da flexibilidade da inteligência. Os “inclinados ao crescimento”, segundo os pesquisadores, eram os mesmos que apresentaram respostas cerebrais mais intensas. Esses voluntários também erraram menos em seguida. “Todos perceberam que tinham de prestar mais atenção e seguir mais devagar na tarefa, mas apenas os inclinados ao crescimento de fato fizeram algo com essa informação e progrediram, certamente porque se concentraram na experiência e não apenas no resultado”, explica o psicólogo clínico Jason Moser, autor do estudo.
Fonte: Mente, cérebro.
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