Contrariando o ditado popular, pesquisas mostram que pelo menos algumas satisfações podem ser "compradas".
Parece que as “verdinhas” podem comprar felicidade, sim! Mas talvez não da forma como muita gente imagina. Em 2010 o psicólogo Ed Diener constatou que dinheiro não melhora o humor direta ou seriamente – mas pode melhorar a satisfação em relação à vida. Usando uma amostra da Pesquisa Mundial Gallup, o pesquisador coordenou uma equipe de cientistas que solicitaram a 136 mil pessoas de 132 países, participantes do estudo, que classificassem sua vida numa escala de 0 a 10 e respondessem a perguntas, revelando se tinham vivenciado uma série de emoções positivas e negativas no dia anterior.
Além do rendimento anual familiar, a equipe avaliou os artigos de luxo que os participantes possuíam. Também foram medidos fatores sociais e psicológicos, partindo de indagações como: Você foi tratado com respeito ontem? Você tem amigos ou parentes com quem pode contar numa emergência? Você aprendeu alguma coisa nova hoje? Você está apto a fazer o que faz melhor? Você pode escolher como passar seu tempo? Os pesquisadores descobriram que o padrão de vida projetado sobre a avaliação geral da vida foi melhor que a previsão do balanço de emoções positivas e negativas. Por outro lado, ter as necessidades psicológicas atendidas produziu mais sentimentos agradáveis no dia avaliado.
Assim, os artigos caros podem deixá-lo mais satisfeito, é verdade, mas não tornam a vida mais feliz. A empolgação de comprar um carro esportivo novo ou uma TV de plasma de 50 polegadas desaparece rapidamente, mesmo que você se orgulhe de ter um desses itens. A ciência comprova, assim, o que muita gente já desconfiava (ou tinha certeza): ter dinheiro ajuda, mas não basta.
Fonte: Mente, cérebro.
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