A era dos líderes, todos querem o topo

Quase todos os jovens nascidos entre 1978 e 1991 (a chamada geração Y) possuem uma coisa em comum, eles querem ser líderes e não os subalternos. Essa geração que outrora foi considerada depressiva e distraída cresceu e agora vem com força total para alcançar o topo. Para a maioria desses jovens nada mais interessa senão o topo. Essa geração é a promessa de uma transformação na tecnologia e nos cuidados com o meio ambiente. Anderson Sant’Ana  professor de comportamento humano da Fundação Dom Cabral diz “Tudo é possível para esses jovens, eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo”.

Essa geração possui uma excelente formação acadêmica, fluência em várias línguas e um enorme acesso às informações, os universitários e recém formados de hoje são os líderes do amanhã. Mas toda essa sede pelo topo tem seu preço, hoje em dia não é incomum ouvir jovens dizendo que fariam o trabalho do chefe de forma melhor e mais rápida. E como os administradores dessas mentes jovens os vêem? Estudos apontam que os gestores têm que ter jogo de cintura para lidar com essa garotada, afinal eles são dinâmicos, ambiciosos e querem crescer rápido. 85% dos gestores de grandes companhias relataram que seus funcionários jovens esperam cresce rapidamente, 66% querem ter satisfação profissional e 51% querem enfrentar desafios. Outros dados da pesquisa feita sobre esses jovens mostram que 79% aspiram ganhar muito dinheiro e 64% acreditam que a geração Y é menos preocupada e mais descompromissada. Numa avaliação geral os jovens são vistos por seus gestores como ágeis, com senso de oportunidade, inteligentes, descontraídos, sabem se defender e trazem ritmo às empresas. Mas como nem tudo são flores, eles também são vistos como impacientes, inseguros, exibicionistas e superficiais.

A geração passada encarava seus superiores como pessoas à ser respeitadas, tratadas com muita seriedade e quase nunca contrariadas, mas esse quadro está mudando. A nova geração quer ocupar o lugar do chefe e eles sabem disso. Se por um lado esses jovens são bem vistos pelas empresas, por outro lado são vistos como oportunistas por seus chefes. A geração Y é altamente individualista e totalmente focada nas próprias recompensas, porém tem consciência social e se preocupam com questões mundiais. Esses jovens têm valores morais muito fortes, afinal um simples clique no Google e eles podem ser desmascarados.

Um dos maiores problemas na mistura da antiga geração com a nova é de que os jovens além de ter que aprender com os superiores, eles sabem que também podem ensiná-los. Os jovens respeitam seus superiores, mas isso ocorre com situações de igualdade, ou seja, quando seus superiores também os respeitam. Hoje em dia são poucos os que querem se profissionalizar como carpinteiros, pintores, encanadores, pedreiros e padeiros. Nos tempos atuais todos querem cargos de grande importância, todos querem mandar. Isso cria um paradoxo, uma vez que todos desejam o topo, quem fica por baixo? Estudos apontam que os próximos cinco anos será uma época de competições acirradas entre os melhores dos melhores. É melhor que todos se preparem para essa fase.

Abaixo um quadro de análise das gerações extraído da revista Galileu.

Fontes de pesquisas: Galileu e Seleções.