quinta-feira, 16 de maio de 2013

Por que há tantos gatos siameses vesgos?


A alta ocorrência de estrabismo (vesguice) é uma conseqüência dos cruzamentos que resultaram no surgimento dos gatos siameses. “Quando a raça foi criada no Sião, atual Tailândia, foram selecionados involuntariamente genes que acarretaram alguns defeitos, como o estrabismo, e uma pequena falha na ponta da cauda, que pode ser em forma de L”, diz o veterinário Gelson Genaro, da USP de Ribeirão Preto, especialista em gatos. O estrabismo, no caso dos gatos siameses, geralmente é convergente – os dois olhos virados para dentro. Os especialistas supõem que essa característica está relacionada ao mesmo gene causador do albinismo.
Um dos gatos mais populares do mundo, o siamês era um animal sagrado no Sião. Sua linhagem era cuidadosamente preservada e eles nunca eram vendidos, mas presenteados como forma de honrar uma pessoa. Diz a lenda que eles eram encarregados de fazer a guarda de tesouros do reino e acabaram ficando vesgos porque os vigiavam muito de perto. Os primeiros relatos sobre essa raça remontam ao ano 1350, mas foi apenas no século 19 que ela chegou ao Ocidente. O cônsul inglês Owen Gould recebeu alguns animais de presente do próprio rei do Sião, em 1884, e os levou para Londres, onde fizeram enorme sucesso numa exposição de felinos. O curioso é que, embora boa parte dos bichanos dessa raça sofra de estrabismo, só bichanos com olhos perfeitos têm valor comercial e participam de exposições.

Felinos curiosos
Cores do pêlo e dos olhos podem dizer muito sobre o animal
Tricolor não é macho
Outra peculiaridade genética dos gatos é o fato de animais com pêlo de três cores – branco, amarelo e preto – quase sempre serem fêmeas. Quando um bichano tricolor dá de ser macho, ele possui três cromossomos (o normal são dois) e é estéril
Surdez está nos olhos
Se um gato tem pêlo branco e olhos azuis, ele é portador de um gene que também o torna portador de surdez total ou parcial. Geralmente esses animais conseguem levar uma vida normal – já os filhotes de fêmeas assim dificilmente sobrevivem porque as mães não ouvem seus miados.
Fonte: Superinteressante.

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