Em uma cena do filme A rede social (The social network, 2010), o jovem
Mark Zuckerberg tem uma ideia para incrementar o site de perfis sociais que
acabara de criar: colocar a opção “status de relacionamento” – isto é, o
usuário tem opção de descrever-se como “solteiro”, “casado”, “em relacionamento
sério” etc. em sua página. Em poucos dias, a rede cai no gosto de
universitários e seu número de usuários aumenta em progressão geométrica.
Romanceada ou não, a passagem da cinebiografia do jovem bilionário Zuckerberg,
criador do Facebook, a rede social mais popular da atualidade, reflete um
aspecto real da rede: estudos mostram que ela não se tornou apenas uma via
comum de flertar, mas também um meio de acompanhar atuais e ex-parceiros.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Guelph, no Canadá, baseada nas
respostas anônimas de mais de 300 universitários “compromissados” que usam o
site, a maioria das brigas por motivos de ciúme estão relacionadas ao site –
fotos colocadas por ex-namorados(as) e comentários deixados por amigos do sexo
oposto são as principais causas. De acordo com a autora, a psicóloga Amy
Muyise, a pessoa ciumenta na “vida real” tende a atribuir significados a
mensagens e imagens postadas na rede com facilidade. “A interação do amado com
um contato que ela não conhece pode ser motivo de desconfiança. Além disso,
fotos e informações antigas lembram-na constantemente que o namorado(a) teve um
vida amorosa antes dela”, exemplifica Amy.
Outro estudo, da Universidade Western, também no Canadá, revela que
quase metade dos quase 1 bilhão de usuários do Facebook têm o(a) ex entre seus
amigos virtuais. Um terço deles volta e meia (ou constantemente) visita o
perfil do antigo amor e até mesmo da pessoa com quem suspeita que ele esteja se
relacionando.
Fonte: Scientific American.
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